2000
DOI: 10.1590/s0101-73302000000300009
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A dinâmica discursiva na sala de aula e a apropriação da escrita

Abstract: RESUMO: Este trabalho discute, no contexto da teoria sociocultural, alguns elementos que constituem a dinâmica discursiva de uma sala de aula em que a escrita e as normas ortográficas são objetos de ensino-aprendizagem. O vídeo foi usado na coleta de dados e as transcrições, organizadas na forma de episódios de ensino, foram submetidas à análise microgenética. Essa análise permite inferir que o discurso da professora é heterogêneo e encerra uma tensão entre dialogia e univocidade, pois possibilita a participaç… Show more

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“…A mediação do professor e dos colegas aparece em diferentes pesquisas como importantes para a construção do conhecimento pela criança para garantir a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com relação à escrita (REIS, 2000;MACEDO;MORTIMER, 2000;BOA, 2002;GOMES, 2006;ALVES, 2006;FARIAS, 2006;PEREIRA, 2007;LUIZE, 2007;ISAIA, 2008;ANDRADE, 2011 ISSN 1809-0354 v. 8, n. 2, p. 951-981 A forma como a criança se relaciona com a linguagem é permeada pelos processos cognitivos e afetivos na sua unidade constitutiva e precisa ser investigada. A maneira própria de a criança utilizar a leitura e a escrita tem sido amplamente estudada na perspectiva do letramento (KLEIMAN, 1995;TFOUNI, 1997;ROJO, 1998;SOARES, 2005, GONDIM, 2007 (1986), Smolka (2008), Tfouni (1996), Rojo (1998) e Leite (1988Leite ( , 1992 (1997, 2003, 2005a, 2005b, 2007, 2009) Martínez (1997,2000,2002,2008,2012) Portanto, a revisão bibliográfica nos permitiu um panorama que nos instiga a empreender novos e complexos trabalhos científicos em prol da compreensão do desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.…”
Section: O Relacional: O Outro No Processo De Aprendizagem Da Leituraunclassified
“…A mediação do professor e dos colegas aparece em diferentes pesquisas como importantes para a construção do conhecimento pela criança para garantir a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com relação à escrita (REIS, 2000;MACEDO;MORTIMER, 2000;BOA, 2002;GOMES, 2006;ALVES, 2006;FARIAS, 2006;PEREIRA, 2007;LUIZE, 2007;ISAIA, 2008;ANDRADE, 2011 ISSN 1809-0354 v. 8, n. 2, p. 951-981 A forma como a criança se relaciona com a linguagem é permeada pelos processos cognitivos e afetivos na sua unidade constitutiva e precisa ser investigada. A maneira própria de a criança utilizar a leitura e a escrita tem sido amplamente estudada na perspectiva do letramento (KLEIMAN, 1995;TFOUNI, 1997;ROJO, 1998;SOARES, 2005, GONDIM, 2007 (1986), Smolka (2008), Tfouni (1996), Rojo (1998) e Leite (1988Leite ( , 1992 (1997, 2003, 2005a, 2005b, 2007, 2009) Martínez (1997,2000,2002,2008,2012) Portanto, a revisão bibliográfica nos permitiu um panorama que nos instiga a empreender novos e complexos trabalhos científicos em prol da compreensão do desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.…”
Section: O Relacional: O Outro No Processo De Aprendizagem Da Leituraunclassified
“…3 O discurso e a construção de A aula de campo em ciências entre o retórico e o empírico significados nas aulas de ciências 73 O elemento dialógico, que opera em conjunto com o univocal, está presente na maneira como significados próprios são construídos pela criança, que assim irá adquirir a capacidade de manejar a linguagem e (re) construir significados para aplicá-los em diversas situações. Lemke (1990: 91) Vários autores (WERTSCH, 1988;VILA, 1998;MACEDO;MORTIMER, 2000) se referem ao conceito de intersubjetividade de Rommetveit, aqui citado por Wertsch:…”
Section: Intersubjetividade: Como Se Está Falando?unclassified
“…Rommetveit já parte do princípio de que a comunicação existe, e, como 3 O discurso e a construção de A aula de campo em ciências entre o retórico e o empírico significados nas aulas de ciências 75 consequência, o estado de subjetividade resultante dependeria da negociação de significados. Macedo e Mortimer (2000) trabalham com um conceito que nos parece interessante: apontam a tensão ente a noção de significados compartilhados e polissemia, ou seja, por mais que se negociem significados, eles serão sempre polissêmicos e dependentes do contexto de enunciação, e citam, para resolver esta tensão, a noção de intersubjetividade parcial, de Rommetveit. : a partir dessa noção, trabalham com a idéia de graus de intersubjetividade, que dependem da existência de significados e regras supostamente compartilhados pelo grupo.…”
Section: Intersubjetividade: Como Se Está Falando?unclassified
“…Em pesquisa sobre a dinâmica discursiva na sala de aula, Macedo & Mortimer (2000) destacam que, na apropriação da escrita, a criança constrói o conhecimento pela mediação do professor e dos próprios colegas e pelo envolvimento significativo dos alunos com o conhecimento. No entanto, apesar de admitir a interanimação de vozes nos processos de significação, a escola sinaliza que esses processos têm por objetivo um discurso unívoco e de autoridade.…”
Section: Capítulo 03 -Texto Escrito Nas Aulas De Ciênciasunclassified