Reconfigurando as redes institucionais: relações interfirmas, trabalho e educação na industria de linha branca

Abstract

RESUMO: Este trabalho analisa a difusão de inovações tecnológicas e organizacionais na cadeia produtiva de linha branca a partir de pesquisa realizada em empresas localizadas na região de Campinas/SP no período 1996-1997. Discute-se como o processo de reestruturação produtiva provoca a reconfiguração das relações interfirmas e das relações entre empresas e diferentes instituições, especialmente do sistema educacional.Palavras-chave: Relações interfirmas, trabalho, educação, indústria de linha branca Introdução O processo de reestruturação industrial em nível internacional, associado à globalização da economia, está induzindo movimentos simultâneos de destruição/reconstrução das relações produtivas tradicionais. Atualmente, assistem-se a mudanças significativas nas relações interfirmas em diferentes cadeias produtivas, nos mercados de produtos e de trabalho, na mobilidade dos trabalhadores e nos requerimentos de qualificação. Essas mudanças têm levado a um renova-* Este artigo é produto da pesquisa "Reestruturação produtiva trabalho e educação: Os efeitos sociais da terceirização industrial em três regiões do país", Cedes/Finep/CNPq, coordenada por Alice Rangel de Paiva Abreu e José Ricardo Ramalho (PPGS/IFCS/UFRJ), Leda Gitahy (DPCT/IG/Unicamp) e Roberto Ruas (PPGA-UFRGS), (RJ, SP, RS), 1995-97. Agradecemos a contribuição de Fabiane Santana Previtalli (bolsista do projeto), que participou da pesquisa realizada na região de Campinas. ** Leda Gitahy é professora do DPCT/IG/Unicamp, Adriana Marques da Cunha (bolsista do projeto) é doutoranda do IE/Unicamp e Alessandra Rachid é professora do DEP/UFSCar.

Work in Brazil: essays in historical and economic sociology

“…When the collective interests of workers are disrespected, Brazil's Public Labour Attorney has the power to conduct administrative inquiries and sign 'termos de ajuste de conduta' (Terms of Behaviour Adjustment -TAC), which are legally binding contracts between signatories. These incentives, however, are almost always aimed at market niches and hard 9 It is true that the opposite is often the case and actually typical of certain production chains, such as chemicals (Mello e Silva and Rizek, 1997), textiles (Costa, 2006), civil construction, and the manufacture of large home appliances like stoves and refrigerators (Gitahy, 1997). In the automotive industry, because of the serious accidents caused by poor quality control at subcontracted companies, the transfer of technological and quality standards has helped to improve labour relations on the far edges of the productive chain (Carvalho, 2001;Marx, Salerno, and Zilbovicius, 2003); however, this still has not been enough to force these subcontractors to abide by the law.…”