“…Desde os estudos pioneiros de Neves, enfatiza-se a forma como o Brasil foi representado, sob os signos da 'modernidade' e da 'civilização' , mas valorizando, de maneira incongruente, as riquezas naturais, o exótico e o insólito de seus produtos e povos (Neves, 1986(Neves, , 2001. Estudos posteriores seguiram percurso semelhante, como os de Pesavento (1994Pesavento ( , 1997, Barbuy (1996Barbuy ( , 1999, Araújo (1997), Heizer (2005) e Cizeron (2009), que analisaram essa autoimagem contraditória, a qual ressaltava os signos do 'progresso' em um país escravocrata e agroexportador. Questiona-se a eficácia comunicacional e os efeitos das mostras brasileiras -sempre recheadas de café, açúcar, minerais, madeiras, fibras e borracha -montadas em países que já passavam pela segunda revolução industrial, expandiam seus sistemas educacionais e científicos e se orgulhavam de exibir toda sorte de máquinas e produtos manufaturados.…”