2003
DOI: 10.1590/s0101-41612003000300006
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Conhecimento e interesse em economia

Abstract: RESUMOO artigo argumenta em favor da necessidade de preservar o pluralismo em economia. Discute: i) a natureza do conhecimento e de sua produção; ii) as especificidades da produção do conhecimento em economia e os condicionamentos histórico-culturais do conhecimento; iii) as implicações da hegemonia de certa concepção de método em economia. PALAVRAS-CHAVEmetodologia da economia, imperialismo econômico, pluralismo metodológico, formalização ABSTRACTThe article argues the need to preserve the pluralism in econom… Show more

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“…Habermas, então, baseia-se nos pilares psicanalíticos a fim de postular sua hermenêutica crítica, pois eles lidam diretamente com o surgimento das patologias sociais (REPA, 2014). Visto que Habermas pretende reconstruir uma hermenêutica voltada a orientar os processos de autoconhecimento e emancipação dos bloqueios de acesso de um sujeito ao seu próprio material inconsciente, a hermenêutica crítica postulada por ele, tem por fito salientar o papel central que a autorreflexão exerce na superação de um contexto de dominação, ou seja, na tradução de um modelo psicanalítico de clínica individual para um modelo mais amplo de crítica às patologias sociais.…”
Section: Introductionunclassified
“…Habermas, então, baseia-se nos pilares psicanalíticos a fim de postular sua hermenêutica crítica, pois eles lidam diretamente com o surgimento das patologias sociais (REPA, 2014). Visto que Habermas pretende reconstruir uma hermenêutica voltada a orientar os processos de autoconhecimento e emancipação dos bloqueios de acesso de um sujeito ao seu próprio material inconsciente, a hermenêutica crítica postulada por ele, tem por fito salientar o papel central que a autorreflexão exerce na superação de um contexto de dominação, ou seja, na tradução de um modelo psicanalítico de clínica individual para um modelo mais amplo de crítica às patologias sociais.…”
Section: Introductionunclassified
“…Entre os economistas é fortalecida a percepção de que, historicamente, essa ciência se desenvolveu em torno de um ambiente político e epistemológico plural, marcado pela diversidade teórica e metodológica, bem como pela disputa e pela controversa. Assim, o pluralismo seria um fator de potência quando se trata da produção de conhecimento sobre sistemas econômicos (Angeli, 2014;Bianchi, 1992;Fullbrook, 2003;Paula et al, 2003). Nesse contexto de produção científi ca, o campo da Economia Institucional tem sido apontado com um espaço propício para uma abertura metodológica e para a convergência teórica, desenvolvendo assim uma epistemologia plural e favorecendo o diálogo interdisciplinar (Campos, 2016;Conceição, 2002;Hodgson, 1999;Queiroz-Stein, 2018;Williamson, 2000).…”
Section: Introductionunclassified
“…6 Para aqueles que poderiam questionar o viés desatualizado da citação, visto que a data de publicação negligencia uma série de relaxamentos de pressupostos e afirmações através de crescentes incorporações realizadas pela corrente neoclássica, ver a discussão trazida em Paula et all. (2002) e Fine (2000), onde a mesma postura encontrada em Aron é analisada, mas agora através das atualizadas afirmações de Edward Lazear, em seu texto "Economic Imperialism", publicado em 2000.…”
Section: Introductionunclassified
“…Por tudo que foi explanado até aqui, fica claro que o controle das estruturas (materiais e simbólicas) atestam o poder e vigor da teoria neoclássica criando uma dinâmica própria de reprodução, que para muitos, tornou-se uma espécie de perspectiva interpretativa que tem afastado os elementos provocadores de uma crise paradigmática. Para sintetizar, observa Paula et all. (2002), o paradigma neoclássico, expressão da hegemonia teórica da contemporaneidade, extrai sua validação através de um conjunto de elementos, tipificados em cinco pontos, a saber: i) pela aparente capacidade de responderem às questões concretas; ii) pela correspondência que apresentam com os interesses da classe dominante; iii) pela capacidade teórica de simplificação e padronização; iv) pelo investimento em seus instrumentos de reprodução; e v) pela auto declarada razão de ser o monopólio científico, autenticado por seu instrumental formalizado e matematizado.…”
Section: Introductionunclassified