2007
DOI: 10.1590/s0101-33002007000200011
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Abstract: 1Esther Hamburger RESUMO O artigo analisa obras recentes de ficção ou documentário que acentuaram a presença visual de cidadãos pobres,negros,moradores de favelas e bairros de periferia no cinema e na televisão brasileiros. Ao trazer esse universo à atenção pública, esses filmes intensificaram e estimularam uma disputa pelo controle da visualidade,pela definição de que assuntos e personagens ganharão expressão audiovisual,como e onde,elemento estratégico na definição da ordem (ou desordem) contemporânea.PALAVR… Show more

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“…Ainda que sublinhar a cultura da pobreza como fator atrelado à natureza, neste caso, desvie a atenção das próprias relações de poder e alimente as políticas públicas que perpetuam a desigualdade e a incivilidade social ancoradas no imaginário que fixa a pobreza como marca da inferioridade, a mercê da filantropia pública, de um sistema social em crise (PAOLI;TELLES, 2000). É a partir dos anos noventa que teremos o desencadeamento de diversas realizações televisivas e cinematográficas que procuraram reelaborar o espaço periferia como foco privilegiado de atenção (HAMBURGER, 2007). Se por um lado a periferia é novamente retratada como o espaço à parte da cidade, com ausência do Estado e regida por seus códigos próprios, e seus moradores são tidos como meros objetos de ações, leituras e visões, negando-lhes a sua condição de protagonistas e atores de suas próprias vidas, por outro avista-se uma nova vertente que traz a público outras experiências e, acabam por optar por uma abordagem marcadamente diferenciada sobre a periferia, ao investir num discurso positivo, associado às ideias de diversidade cultural, espírito comunitário, criatividade, solidariedade etc., em oposição à violência, desigualdade, criminalidade, exclusão etc.…”
Section: Representatividades Periféricasunclassified
“…Ainda que sublinhar a cultura da pobreza como fator atrelado à natureza, neste caso, desvie a atenção das próprias relações de poder e alimente as políticas públicas que perpetuam a desigualdade e a incivilidade social ancoradas no imaginário que fixa a pobreza como marca da inferioridade, a mercê da filantropia pública, de um sistema social em crise (PAOLI;TELLES, 2000). É a partir dos anos noventa que teremos o desencadeamento de diversas realizações televisivas e cinematográficas que procuraram reelaborar o espaço periferia como foco privilegiado de atenção (HAMBURGER, 2007). Se por um lado a periferia é novamente retratada como o espaço à parte da cidade, com ausência do Estado e regida por seus códigos próprios, e seus moradores são tidos como meros objetos de ações, leituras e visões, negando-lhes a sua condição de protagonistas e atores de suas próprias vidas, por outro avista-se uma nova vertente que traz a público outras experiências e, acabam por optar por uma abordagem marcadamente diferenciada sobre a periferia, ao investir num discurso positivo, associado às ideias de diversidade cultural, espírito comunitário, criatividade, solidariedade etc., em oposição à violência, desigualdade, criminalidade, exclusão etc.…”
Section: Representatividades Periféricasunclassified
“…Por contraste, imaginar que o GCAR responde efetivamente à violên-cia e à desigualdade urbanas por si só não esgota a interpretação (Ramos 2006;2007;Dagnino, 1994;Durão, 2010). Esse último deve ser considerado um ponto de partida para a atuação e representação de lugares imaginados e de sujeitos morais (que almejam fazer um trabalho moralizante).…”
Section: Segundo a Cobertura De O Globounclassified
“…Em 1960, dez anos depois de inaugurada, ela podia ser vista em 4,6% do território nacional. Em 1991, a televisão já alcança 99% do território e 74% dos domicílios (Hamburger, 1998).…”
unclassified
“…São as referências de tempo e espaço que garantem a verossimilhança de histórias interpretadas pelo público como espaços para a veiculação de modelos nacionais de comportamento. Diversas pesquisas de recepção, bem como relatórios de grupos de discussão encomendados pelas emissoras para balizar o desenvolvimento das tramas, sugerem que as espectadoras identificam, nas novelas, modelos ideais, por exemplo, de mulher brasileira (Hamburger, 2005).…”
unclassified