2005
DOI: 10.1590/s0101-33002005000300008
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Amores fáceis: romantismo e consumo na modernidade tardia

Abstract: RESUMOO artigo estuda as relações entre economia e amor nas sociedades complexas contemporâneas. O autor recupera uma interpretação do amor romântico como forma de comunicação particular que destaca e separa os amantes de seu entorno. Assim, o que define a interação amorosa não é o consumo de rituais românticos, como sustentam a teoria crítica e os estudos culturais, mas o sentido singular que os amantes conferem à sua relação e às atividades conjuntas.PALAVRAS-CHAVE: relações amorosas; amor e capitalismo; mod… Show more

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“…Viver a materialização desse ideal romântico que se convencionou tão sonhado e almejado tornou-se algo de difícil concretude. (ROUGEMONT, 2003;COSTA, 1998COSTA, , 1999COSTA, 2005;CARVALHO, 2003). Contudo, na condição narrativa, ele pode ser (re)vivido de forma diferente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Viver a materialização desse ideal romântico que se convencionou tão sonhado e almejado tornou-se algo de difícil concretude. (ROUGEMONT, 2003;COSTA, 1998COSTA, , 1999COSTA, 2005;CARVALHO, 2003). Contudo, na condição narrativa, ele pode ser (re)vivido de forma diferente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Assim, o ideário romântico é conciliado com a cultura de consumo que circula na revista, na qual se procura minimizar o máximo possível qualquer possibilidade de sofrimento, oferecendo-se soluções estratégicas. Tal como aponta Costa (2005), o consumo de rituais amorosos constitui um dos núcleos do amor romântico contemporâneo.…”
Section: Do Amor Romântico E Seus Deslocamentosunclassified
“…O amor romântico está incorporado a um conjunto de objetos, locais, rituais que o aproximam de um mercado e da economia (COSTA, 2005). Admite-se como natural que, com o tempo e a rotina, a atração física diminua, de modo que é preciso sempre inovar sexualmente.…”
Section: Do Amor Romântico E Seus Deslocamentosunclassified
“…Teorizado, entre outros, por Simmel (1998Simmel ( [1895) ou Goode (1959), o amor ganhou protagonismo crescente desde as primeiras décadas do século XX. Primeiro, tornou-se central na reconstituição histórica da vida privada, desde que Ariès (1973 [1960]) ou Shorter (1995Shorter ( [1975) elegeram a sentimentalização das relações familiares como uma das linhas de força da modernidade, frisando a importância do romantismo que, florescente no século XIX, concedeu destaque aos afetos -entre cônjuges, entre pais e filhos -, legitimando um ideal de família-refúgio, íntima e livremente escolhida (Costa, 2005). Do amor, princípio orientador das relações familiares, dependeriam a reciprocidade e a dádiva, organizadas contra a lógica de mercado imperante na esfera pública e contra os rígidos códigos de uma família, instituição voltada para a sobrevivência material do grupo, fortemente hierarquizada e subordinada ao poder inquestionável do patriarca.…”
unclassified
“…Já o amor romântico, na interpretação de Giddens (1996), teve importante papel na organização da sociedade do século XIX. Apesar de cultivar a liberdade individual, o amor romântico perdeu as suas qualidades transgressoras e eróticas (Costa, 2005), para se adequar às lógicas sociais da diferenciação de gênero e da aliança familiar. Como propõe Chaves (2006, p. 835), este amor é um "amor romântico domesticado", diferente do original, inicialmente mais selvagem e erotizado.…”
unclassified