RESUMOEste artigo busca discutir as potencialidades e limites da Educação em Direitos Humanos (EDH) diante das "novas" ondas conservadoras e fascistas que permeiam a democracia moderna. Metodologicamente, o trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica da literatura científica sobre a temática dos direitos humanos fundamentais e da "nova onda fascista", bem como da análise de documentos oficiais do Governo Federal que tratam especificamente sobre a EDH, buscando compreender como o ensino superior, mais precisamente a universidade pública, se insere dentro dessa temática. Visualiza-se que a EDH se constitui enquanto alternativa local para o enfrentamento do "novo fascismo" através da promoção e defesa de valores referentes aos direitos humanos com vistas à uma transformação ético-cultural; porém, limita-se por não considerar as contradições presentes na própria democracia liberal no quadro do modo de produção capitalista que, a depender do contexto, cria as bases para o fortalecimento de grupos e movimentos conservadores e "neofascistas".