RESUMO: Este artigo insere-se num panorama contemporâneo que embasa a essência da infância permeada pela indústria cultural buscando problematizar sua correlação entre a produção de saberes culturais fragmentados que refletem na semiformação e numa pedagogia parcializada na escola contemporânea. Amparados pelo pensamento de Max Horkheimer e Theodor Adorno buscamos lançar um olhar mais atento e crítico para a educação contemporânea que sob a égide da bandeira da formação do indivíduo crítico e transformador, submete-se passivamente ao processo de semiformação e conformação diante dos encantos que se produzem através da Indústria Cultural. Desta forma, confrontar os desafios postos no campo da educação e da prática educativa, os limites e a possibilidade de se assumir a escola como espaço de produção do novo, do não dito, do não pensado em detrimento do que já está instituído.PALAVRAS-CHAVE: Educação. Semiformação. Indústria Cultural. Infância.
INTRODUÇÃORefletir sobre a Indústria Cultural e o processo de semiformação nos leva, obrigatoriamente ao pensamento de Adorno que ao lado de Max Horkheimer formam um marco e referência obrigatória aos que se lançam pelo estudo da educação contemporânea imersa no empobrecimento formativo influenciado pela Indústria Cultural. O interesse deste artigo é identificar e problematizar o movimento acerca do tema da indústria cultural e o processo de semiformação do professor em que os saberes culturais fragmentados se refletem numa pedagogia parcializada da educação da criança. Desta forma, ter a possibilidade de construir nosso próprio percurso para compreender o trabalho pedagógico na educação da infância contemporânea, com vista à superação do que está posto pela Indústria Cultural e dos desafios postos no campo da educação e da prática educativa. Queremos encontrar os limites e as possibilidades de se assumir a escola como espaço de produção do novo, do não dito, do não pensado em detrimento do que já está instituído. O eixo norteador dos estudos contou com a contribuição das ideias da filosofia crítica, principalmente de Max Horkheimer e Theodor Adorno no que se refere a análise da Indústria Cultural e de seus leitores.