“…Além do mais, a não participação regular em grupos religiosos, a influên-cia do grupo de iguais no processo de afirmação da identidade de gênero, a escolaridade dos pais e as relações familiares conflituosas. [9][10][11][12] Nesta idéia de prevenção, as necessidades relacionadas com a gravidez e as condutas a serem adotadas para evitar filhos são definidas a priori, subestimando o fato de que a adolescência é uma maneira de viver historicamente construída, condicionada pela especificidade dos distintos meios sociais e culturais que são conformados, em uma realidade múltipla e complexa, pelas interações entre condições de vida, religião, gênero, etnia, geração, entre outros. Há que levar em conta que os adolescentes atribuem sentidos à forma de se identificar como masculino e feminino e à sexualidade, bem como têm aspirações diferentes acerca da procriação.…”