Comparação dos Métodos para Diagnóstico da Toxoplasmose Congênita

Abstract

Objetivo: avaliar a eficácia da reação em cadeia da polimerase (PCR) no líquido amniótico para a detecção da contaminação fetal pelo Toxoplasma gondii em gestantes com infecção aguda e correlacionar com a técnica de inoculação e a histologia da placenta. Métodos: trinta e sete pacientes foram estudadas prospectivamente e o diagnóstico foi baseado na identificação da infecção aguda materna, seguido pela amniocentese guiada pela ultrasonografia para obtenção de líquido amniótico para a realização de PCR e inoculação em camundongo. As pacientes foram tratadas com espiramicina durante a gestação; se a infecção fetal era demonstrada, pirimetamina e sulfadiazina eram acrescentadas ao esquema. As placentas foram encaminhadas para exame histológico. As crianças foram acompanhadas durante um período que variou de três a 23 meses para a confirmação ou exclusão da toxoplasmose congênita. Resultados: medidas de associação como sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculadas para a PCR no líquido amniótico, a inoculação em camundongo e a histologia da placenta, mostrando os seguintes resultados: para a PCR, uma sensibilidade de 66,7% e especificidade de 87,1%; os respectivos valores para a inoculação em camundongo foram 50 e 100% e para a histologia da placenta foram 80 e 66,7%. Conclusões: embora a PCR não deva ser utilizada isoladamente para diagnóstico de toxoplasmose congênita, é um método promissor e necessita de maiores estudos para melhorar sua eficácia. PALAVRAS-CHAVE: Toxoplasmose congênita. Diagnóstico pré-natal. Reação em cadeia da polimerase.

Toxoplasma gondii infection in pregnancy

“…The diagnosis of toxoplasmosis in the fetus was based on direct identification of the parasite by inoculation of amniotic liquid and/or fetal blood in mice, as well as cell culture, the sensitivity rate ranged from 64 to 73 percent and the specificity was 100 percent, however, it takes considerable time to obtain a result [42].…”

“…On the other hand, a study by Castro et al [42], conducted at the Fetal Medicine Center of the University Hospital of Minas Gerais Federal University (HU-UFMG) from January 1997 to March 1999, evaluated the efficiency of PCR for studies of amniotic liquid. They used a B1-gene primer for the detection of fetal infection by T. gondii in 37 pregnant women with acute infection; they also used inoculation in mice and they examined placenta histology.…”

“…However, further analyses should be conducted to resolve problems with the PCR technique and to determine if the gene AF146527 is a suitable target. Association of PCR with inoculation in mice and/or serial repetition of several PCRs in a single sample with repetitive targets [42] increases the sensitivity of pre-natal diagnosis.…”

“…Grover et al [40] stated that the primers may not be able to amplify the gene contained in the sample; quality control is necessary so that this does not occur, by testing the primer in several T. gondii strains. Examinations with a high rate of false-positive results can be a consequence of contamination at any stage of the process [42].…”

“…Identification of free or encysted parasites can be difficult, demanding use of immunohistochemistry [49]. Castro et al [42] examined 23 placentas; 10 presented anatomic and pathological alterations compatible with T. gondii infection. Among these, four were confirmed as congenital infections through clinical-laboratorial examination of the newborn.…”