Pensa-se no amor materno em algo instintivo, como uma disposição inata das mulheres. Entretanto, ao longo da história, as ações, comportamentos e o papel da mãe têm passado por transformações, levando-nos a considerar a maternidade como um fenômeno social que se adapta aos contextos socioculturais específicos. É fundamental reconhecer que o amor materno é uma construção social e está sujeito a mudanças e ajustes de acordo com as necessidades e demandas da sociedade. Posto isto, o presente estudo tem como objetivo analisar a representação sociocultural da maternidade, com ênfase nas alegorias presentes no processo cultural de construção do instinto e do amor materno.