Considerações radiodosimétricas da braquiterapia ocular com iodo-125 e rutênio/ródio-106

Abstract

OBJETIVO: Analisar, por meio de um modelo computacional da região ocular, as características da distribuição da dose utilizando placas contendo iodo-125 e rutênio/ródio-106. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi utilizado um modelo computacional de voxels da região ocular incluindo os diversos tecidos, com a placa posicionada sobre a esclera. O código Monte Carlo foi utilizado para simular a irradiação. A distribuição da dose é apresentada por curvas de isodoses. RESULTADOS: As simulações computacionais apresentam a distribuição da dose no interior do bulbo e nas estruturas externas. Os resultados permitem comparar a distribuição espacial das doses geradas por partículas beta e por fótons. As simulações mostram que a aplicação de sementes de iodo-125 implica alta dose no cristalino, enquanto o rutênio/ródio-106 produz alta dose na superfície da esclera. CONCLUSÃO: A dose no cristalino depende da espessura do tumor, da posição e do diâmetro da placa, e do radionuclídeo utilizado. No presente estudo, a fonte de rutênio/ródio-106 é recomendada para tumores de dimensões reduzidas. A irradiação com iodo-125 gera doses maiores no cristalino do que a irradiação com rutênio/ródio-106. O valor máximo de dose no cristalino corresponde a 12,75% do valor máximo de dose com iodo-125 e apenas 0,005% para rutênio/ródio-106.

Simulação e análise dosimétrica de protonterapia e íons de carbono no tratamento do melanoma uveal

“…These authors have investigated the carbon ion therapy and utilized an incident kinetic energy of 140 MeV/u, considering the complete configuration of the passive beam delivery system, which comprises, among other components, a modulation system and absorbing materials for modulation and degradation of the beam energy. In the present study, energies of 744 MeV (62 MeV/u) to 1,080 MeV (90 MeV/u) were utilized, lower than the energy of 140 MeV/u, based on the characteristics of the computational configurations of the eye model (8) and of the irradiation line (10) , where the devices for ion beam modulation and degradation were not activated because of limitations of the distance between the carbon ion source and the target. The beam intensity and carbon ion current applied in the present simulation were comparable to those applied at the NIRS, in order to achieve an equivalent clinical dose for the treatment of uveal melanoma (60 GyE -four sessions of 15 GyE) (14) .…”

“…Based on the model of a typical hadrontherapy facility defined at the Geant4, modules were developed and integrated with the purpose of simulating the radiotherapy environment utilizing carbon ion beams. The defined target was an eye model discretized into voxels originated from the Visible Man Project (VMP) (6) , adapted and imported into the Siscodes (Computer System for Dosimetry in Radiotherapy) (7) by Mourão & Campos (8) and implemented in the Monte Carlo N-Particle transport code system (MCNP) version 5.…”

“…In the voxel model of the ocular region, the main structures such as the ocular bulb, muscles and optic nerve were represented. Such non-isotropic model comprised 82 × 100 × 43 voxels, corresponding to a volume of 41 × 50 × 38.7 mm 3 , representing a matrix whose volume element measured 0.5 × 0.5 × 0.9 mm 3 (8) . Water was the material adopted for each voxel where the carbon ions and protons transport occurred; but the isodoses were plotted superimposed over the material present in the eye phantom.…”

Braquiterapia E Radioterapia Estereotática De Globo Ocular: Uma Análise Comparativa

“…A placa é mantida próxima ao volume alvo, em contato com o globo ocular, até que a dose terapêutica seja depositada. A placa possui o formato de uma calota esférica, de modo que a superfície côncava fique em contato com o volume a ser tratado [16,17,18].…”

“…A placa COMS -Collaborative Ocular Melanoma Study, permite o uso de sementes radioativas removíveis e pode ser reutilizada no tratamento de outros pacientes, no período de um ano, dependendo da meia-vida física do radionuclídeo e da atividade da fonte (Fig. 2) [3,17].…”