RESUMOAnalisou-se a resposta da fotossíntese (A), transpiração (E), condutância estomática (g s ), potencial da água na folha (Ψ Ψ Ψ Ψ Ψ), conteúdo relativo de água na folha (RWC), concentração interna de CO 2 (Ci) e eficiência do uso de água (WUE) em laranjeiras 'Valência', sobre duas espécies de porta-enxertos submetidas ao dessecamento do substrato de crescimento. As medidas foram feitas diariamente em laboratório (temperatura = 27 ± 1 o C, déficit de pressão de vapor = 1,5 ± 0,3 kPa e 700 µmol.m -2 .s -1 de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos), até que A atingisse valores próxi-mos a zero, quando os vasos foram reirrigados. Em seguida, as mesmas variáveis foram medidas por mais quatro dias. Os valores de A e de Ψ Ψ Ψ Ψ Ψ praticamente não variaram com teores de água no substrato entre 24 e 15% e com RWC entre 90 e 80%. Todavia, g s começou a decrescer desde o início da queda no RWC e abaixo de 18% no teor de água no substrato. Discute-se a possibilidade de a resposta do estômato estar diretamente relacionada à variação do teor de água no substrato, via comunicação raiz-parte aérea. A relação A/E, isto é, WUE, apresentou uma tendência discreta de diminuir com a queda de g s , indicando que, sob estresse mais severo (Ψ < -2,7 MPa), A diminuiu relativamente mais que E. O aumento da concentração interna de CO 2 (Ci) em Ψ abaixo de -2,7 MPa sugeriu que sob estresse mais severo, além da queda da absorção de CO 2 devida ao fechamento dos estômatos, houve queda na atividade da fotossíntese em si. Depois da reirrigação, Ψ Ψ Ψ Ψ Ψ recuperou o valor inicial em 12 horas, enquanto A e g s não se recuperaram totalmente após três dias.
Termos de indexação:Citrus limonia Osbeck, Citrus sinensis Osbeck, deficiência hídrica, eficiência do uso da água, Poncirus trifoliata Raf., trocas gasosas.(1) Recebido para publicação em 3 de fevereiro e aceito em 12 de agosto de 1999. Projeto financiado pela FAPESP.(2) Centro de Ecofisiologia e Biofísica, Instituto Agronômico (CEB-IAC), Caixa Postal 28, 13001-970 Campinas (SP).(3) Aluno de pós-graduação do Departamento de Fisiologia Vegetal da Unicamp. Bolsista da FAPESP, CEB-IAC.(4) Aluna de pós-graduação do Departamento de Fisiologia Vegetal da Unicamp. Bolsista da CAPES, CEB-IAC.(5) Com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq.