Dedico esta dissertação aos mestres e às mestras brincantes que me ensinam a usar meu fio inteiro de vida, em tempos de profundos cortes. Em especial ao mestre Zé do Pife, à mestra Martinha do Coco e ao grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, com profunda gratidão.
AGRADECIMENTOSAo meu marido, Filipe Braga, pelo amor, parceria e estímulo nessa caminhada de vida.Ao meu pai Rui e à minha mãe Fátima, pelo apoio e cuidado. À minha vó Luzia, mestra de longas jornadas e, também, ao meu irmão Assis, pelo carinho e companhia. Ao meu sogro Pedro e à minha sogra Lúcia, pelos estímulos preciosos.À minha orientadora Daniele, por acreditar, incentivar e compor junto esta pesquisa, com a firmeza de uma professora e a delicadeza de uma amiga. Além disso, por me ensinar a trabalhar verdadeiramente em equipe.Aos/às amigos/as integrantes do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, que participaram e apoiaram esta pesquisa: Tico, Luciana, Luís Felipe, Daniele N., Danielle F., Sarah e Camila.Ao grupo Diá(logos) em Psicologia, pelo incentivo e pelas colaborações essenciais a este trabalho. Em especial aos/às amigos Fabrício Abreu, Marina Costa, Angélica da Silva e Eva Cruz, pelas trocas e auxílios que tornaram essa caminhada ainda mais gratificante.Aos/às professores/as da UnB, Maria Luiza Pereira, Graça Veloso e Nelson Inocêncio que, ainda em meus tempos de graduanda, plantaram as sementes desta pesquisa com seus fervorosos debates sobre cultura e educação popular.Aos/às meus/minhas colegas de profissão, arte-educadores/as e artistas, que seguem com "a estranha mania de ter fé na vida", em especial às amigas Mônica Kanegae, Semíramis de Medeiros, Isabela Ribeiro, Maíra Machado e Cristiane Coelho.Ao psicólogo Carlos Maltz, pelos acolhimentos e incentivos valiosos.Ao Davi Carvalho, à Keila Vila, à Ana Terra e à Raquel Capucci, pelos apoios incalculáveis com as imagens, transcrição dos dados, revisão e tradução.Aos/às colegas professores e estudantes do Centro de Ensino Fundamental Drª Zilda Arns, pelas lutas e conquistas de cada dia.
RESUMOHistoricamente, a psicologia do desenvolvimento tem privilegiado o brincar na infância, contudo, acreditamos que brincar é uma necessidade ontológica que se estende ao longo de toda a vida. Assim, nesta pesquisa, focalizamos a brincadeira no contexto da cultura e arte popular, tendo como recorte sujeitos adultos que se autodenominam brincantes. Por essa via, investigamos a produção de sentidos na e da constituição dos/as brincantes à luz da psicologia histórico-cultural. Refletimos, então, sobre a experiência estética com ênfase na psicologia da arte, proposta por Lev Vigotski, e sua relação com o brincar e a psicologia do drama. Recorremos também aos estudos de Mikhail Bakhtin, investigando o brincar, no contexto da cultura popular, como uma atividade situada no entrever entre arte e vida. Metodologicamente, optamos pela narrativa como uma indicadora qualitativa que auxilia na abordagem dos processos de constituição de subjetividades. Realizamos a pesquisa de campo com os/as brincantes do grupo Seu Es...