IntroduçãoNos últimos decênios tem aumentado a preocupação com melhoria das condições de vida na velhice. No Brasil, a população idosa, em 2002, perfazia um total de 14,1 milhões de pessoas e projetava-se para 2025 um total de 33,4 milhões, sendo que entre 1950 e 2025 a população idosa terá crescido 16 vezes contra 5 vezes a população total 1 . Destaca-se na população idosa o aumento de pessoas com oitenta anos ou mais, sendo essa a faixa etária de maior crescimento, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento 2 .Juntamente com as modificações da estrutura etária da população, constatam-se mudanças epidemiológicas, com a substituição das causas principais de morte por doenças parasitárias, de caráter agudo, pelas doenças crônico-degenerativas (diabetes, acidente vascular cerebral, neoplasias, hipertensão arterial, demência senil e outras), que se transformam em problemas de longa duração e envolvem, para atendimento adequado, grande quantidade de recursos materiais e humanos 3 .Por conviver com problemas crônicos de saú-de, os idosos utilizam com freqüência os serviços de saúde e são consumidores de grande número de medicamentos 4 , que embora necessários em muitas ocasiões, quando mal utilizados podem desencadear complicações sérias para a saúde e aumento dos custos individuais e governamen-ARTIGO ARTICLE