Este trabalho teve como objetivo avaliar a degradação biológica e a durabilidade natural de espécies florestais da Amazônia em campo de apodrecimento em Rio Branco no Estado do Acre. O trabalho foi desenvolvido no campo experimental da Embrapa Acre entre 2015 e 2022. As estacas medindo 0,05 x 0,05 x0,50 metros, foram distribuídas e enterradas aleatoriamente no campo de apodrecimento a 0,25 m de profundidade. As avaliações de campo foram realizadas trimestralmente registrando-se a incidência de fungos xilófagos e cupins e os danos provocados em estacas de 36 espécies florestais. As espécies de fungos e cupins foram coletados e mantidos nos Laboratórios de Fitopatologia e Entomologia da Embrapa Acre e identificados em diversos laboratórios especializados no Brasil. A degradação das estacas foi realizada com a metodologia proposta por Lepage (1970), atribuindo notas de zero a quatro conforme a percentagem de degradação variando. Os fungos manchadores de madeiras identificados nesta pesquisa foram: Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Trichoderma, Nigospora, Lasodiploidia, Cladosporium e Curvullaria. Os fungos apodrecedores de madeiras que ocorreram nas estacas foram: Gloeophyllum striatum, Hexagonia hidinoide, Datronia scutellata, Tramets e Picnoporus. Foram identificadas 11 espécies de termitas; A principal espécie de cupim T. teneus foi responsável por 91,6% das ocorrências. A espécie mais atacada H. tenuis foi o cedro rosa e aquela menos atacada foi o angelim-da-mata. As espécies canelão, freijó e a imbiridiba-amarela não foram infestadas por cupins. As espécies madeireiras que obtiveram o maior índice de degradação foram o mulungu duro, louro Itaúba, mulateiro, marupá preto.