A técnica de cultura de células e tecidos vegetais in vitro tem sido estudada para a produção de plantas e biomassa vegetal com alto padrão de qualidade fitossanitária e genética. Esta técnica se baseia na capacidade da célula vegetal de praticamente qualquer tecido, de regredir ao seu estado indiferenciado e se multiplicar e/ou redefinir nova via metabólica para tornar-se outro tipo celular, podendo gerar novos tecidos e até mesmo uma nova planta completa. O desenvolvimento vegetal in vitro depende da disponibilidade de condições ideais, como a composição do meio de cultura, balanço de reguladores de crescimento, estimulação com elicitores, entre outras. As indústrias farmacêuticas e de produtos naturais tem se beneficiado da biotecnologia vegetal através da possibilidade de produzir metabólitos secundários in vitro, produção esta que seria mais vantajosa devido à redução de tempo, qualidade e quantidade de material vegetal a ser extraído pela indústria, quando comparado à produção in natura. Segundo diversos estudos mostrados na literatura consultada, a produção destes metabólitos pode ser maior in vitro do que nos extratos de plantas de campo.