Focos de dirofilariose canina na Ilha do Marajó: um fator de risco para a saúde humana

Abstract

A ocorrência de dirofilariose pulmonar humana relaciona-se com a prevalência de infecção por Dirofilaria immitis na população canina. Várias espécies de mosquitos são vetores desse nematóide. Analisaram-se amostras de sangue canino coletados nas vilas Pingo d'Água e União, município de Salvaterra (Ilha do Marajó, PA), em junho, 2004 (n=34) e abril, 2005 (N=90). Os diagnósticos parasitológico e imunológico (ELISA - kit SNAP® 3DX™, Biobrasil) foram comparados (chi2, alfa=0,05) no exame de 34 amostras. A prevalência na população (N=90) foi avaliada pelo ELISA. O ELISA revelou mais positivos (25/34; 73,5%) que a gota espessa (23/34, 67,6%) e o Knott (21/34, 61,8%), mas a diferença não foi significativa (p>0,05). A freqüência de infecção por D. immitis na faixa de 0 a 2 anos foi 58%, enquanto em cães mais velhos foi 100%. A prevalência da dirofilariose canina em Pingo d'Água e Vila União foi alta (53,5%), indicando risco de transmissão do parasito às pessoas nessa área.

Vigilância da leishmaniose visceral em localidades epidemiologicamente distintas em Juruti, um município minerário do Estado do Pará, Brasil

“…The low levels of IgG are similar to those described for the canine population of Capiranga, and suggest control actions of the canine infection (in this case, Capiranga would be a silent location). They could also be the consequence of nonspecific reactions in the serology, which may occur due to the high sensitivity of the ELISA test because the dogs are 9,3,10 exposed to many other infectious diseases that induce B lymphocytes to produce IgG. This IgG can sometimes Differences between the canine populations of the two locations would not have been revealed if the frequency rate of seropositive dogs had been the only factor considered in the second serological survey (Santa Maria: 40%, and Capiranga: 30%, as shown in figure 2A), for example.…”

Dirofilariose: zoonose emergente negligenciada

“…Para a ocorrência da dirofilariose humana vários fatores devem ser considerados, tais como, o tamanho da população canina, alterações climáticas, prevalência da infecção em cães, densidade da população de mosquitos vetores e freqüência de exposição do ser humano às picadas desses insetos, como observado por GARCEZ et al (2006). No Brasil, a maior prevalência da infecção nos animais é relatada em áreas costeiras, estando presente, também, distante do litoral (FERNANDES et al, 1999;FERNANDES et al, 2000;SOUZA & LARSSON, 2001;CAVALLAZZI et al, 2002;GARCEZ et al, 2006;SIMÓN et al, 2007) Além disso, a freqüência de viagens para áreas endêmicas e as condições precárias de higiene como destino inadequado do lixo, esgotos a céu aberto e acúmulo de água devem ser considerados (THEIS, 2005;SIMÓN et al, 2005).…”

Dirofilariose Canina No Município De Coari, Estado Do Amazonas, Brasil.

“…Quanto ao sexo, alguns autores afirmam que não há influência no parasitismo por filarídios (Martin e Collins, Nzabanita et al, 1982). A idade do cão é um fator de risco importante determinado pelo tempo de exposição na área endêmica (Selby et al, 1980;Almeida et al, 2001) e a prevalência de animais com microfilárias de D. immitis aumenta progressivamente com a faixa etária (Souza et al, 1997;Souza et al, 2001;Garcez et al, 2006). Walters e Lavoipierre (1984) observaram ao estudar cães sob condições de criação caracterizada como 100% fora da residência e aqueles com período variável dentro e fora de casa tinham 5,4 vezes mais chances de adquirir a infecção quando comparados com os cães criados exclusivamente no domicílio devido à maior exposição do animal ao mosquito vetor na transmissão da dirofilariose.…”

“…Dirofilaria immitis é um parasito delgado com coloração esbranquiçada, tendo os machos um comprimento total variando entre 12 a 16,5 cm enquanto que as fêmeas variam entre 25 a 30 cm, sendo vivíparas liberando microfilárias (larvas móveis de 1° estágio) (Abraham, 1988;Bowan e Lynn, 1995 (Grieve et al, 1983;Knight, 1987). A infecção por Dirofilaria é disseminada por muitas espécies de mosquitos da família Culicidae (Parker, 1993), que incluem os gêneros Culex, Anopheles, Aedes e Mansonia (Bengis, 1975).…”