Mortalidade por doenças cardiorrespiratórias em idosos no estado de Mato Grosso, 1986 a 2006

Abstract

OBJETIVO: Descrever a evolução temporal da mortalidade por doenças cardiorrespiratórias em idosos. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo com delineamento ecológico de séries temporais realizado no estado do Mato Grosso, de 1986 a 2006. Foram utilizados dados sobre doenças dos aparelhos respiratório e circulatório obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Modelos de regressão linear simples foram ajustados para avaliar a tendência das taxas específicas de mortalidade por grupos específicos de idade (60 a 69, 70 a 79 e 80 ou mais anos) e sexo. RESULTADOS: Houve aumento na proporção de óbitos por doenças respiratórias e diminuição por doenças cardiovasculares. Na comparação de taxas entre os sexos, as mulheres apresentaram taxas 15% menores para as causas cardiovasculares e taxas similares ao sexo masculino para as causas respiratórias. Foi observada taxa elevada de mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares, com importante tendência de incremento entre os grupos mais longevos. Em idosos com idade > 80 anos o aumento anual médio na taxa de mortalidade por doenças respiratórias foi de 1,99 óbitos e de 3,43 por doenças do aparelho circulatório. CONCLUSÕES: O estado de Mato Grosso apresenta elevada taxa de mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em idosos, com importante tendência de incremento entre os grupos mais longevos.

Tendência temporal da mortalidade em idosos em municípios no estado do Acre

“…The study identified a higher proportion of deaths in long-lived old people, with a result similar to others performed in different regions of Brazil [14][15][16][17][18] . Similar to other studies, deaths were more frequent in men 14,16,19 .…”

Causas de internação hospitalar de idosos residentes em um município do Paraná, uma análise dos últimos 5 anos

“…Na maioria das vezes, as neoplasias aparecem após os 60 anos, tendo em vista que em torno de 80% dos casos se deve ao tempo de exposição ao agente causador, constituindo a segunda maior causa de morte no Brasil, ficando abaixo apenas das doenças cardiovasculares. 14 Considerando que os idosos internam principalmente por doenças do aparelho circulatório seguida dos agravos decorrentes do sistema respiratório 15 , dados esses encontrados no presente estudo, faz-se necessário caracterizar quais são as principais doenças a que esta população esta mais vulnerável, em decorrência de suas condições de vida e saúde.…”

“…Isso se deve principalmente pela redução progressiva das funções cardiopulmonares, em decorrência da perda da elasticidade pulmonar e cardiovascular, capacidade vital e do volume expiratório forçado, redução da função ciliar e reflexo da tosse, eventos esses que podem ser intensificados com a poluição atmosférica. 15 Com base no exposto, pode-se compreender que a amplitude dos agravos que acometem a pessoa idosa associada à fundamental importância do setor saúde atuar de forma adequada junto à essa população precisam ser pontos estratégicos para a adequação da efetividade dos serviços prestados. 18 Em virtude de suas particularidades e da carga de doenças acumuladas no decorrer da vida, em especial por doenças cardiorrespiratórias, os idosos precisam ser atendidos em suas necessidades, constituindo um desafio ao Sistema Único de Saúde.…”

“…18 Em virtude de suas particularidades e da carga de doenças acumuladas no decorrer da vida, em especial por doenças cardiorrespiratórias, os idosos precisam ser atendidos em suas necessidades, constituindo um desafio ao Sistema Único de Saúde. 15 Desse modo, conhecer o perfil de morbimortalidade dessa população é essencial para a elaboração de políticas públicas adequadas, assim como para a avaliação, gestão e planejamento dos serviços para promover a saúde e prevenir agravos 10 .…”

Relação entre aptidão física, fatores de risco para doenças cardiovasulares e aspectos socioeconômicos em adultos e idosos

“…Tal afirmação ainda pode ser exemplificada pelo estudo de Dias et al (2006) que encontraram melhoras no quadro funcional (componente aeróbio e de força) de mulheres adultas e com sobrepeso que foram submetidas a quatro semanas de treinamento misto, composto de treinamento aeróbio, de força localizada e de força em circuito. Cosme ASSOCIATION, 2005;CARMO et al, 2010;MARAFON et al, 2003;MATHIAS;JORGE;LAURENTI, 2004;STRONG et al, 2005), inclusive no Brasil (IBGE, 2009;LOTUFO, 2004;MANSUR et al, 2009 Vale destacar que piores condições socioeconômicas, incluindo educação, renda per capita e aspectos da condição de vida (saneamento básico, alimentação, acesso à serviços de saúde, entre outros) podem contribuir para quadros negativos quanto à prevalência de DCVs e de seus fatores de risco associados (CAVALINI; LEON, 2008;CREBER et al, 2010;ISER et al, 2011;ISHITANI et al, 2006 SPOSITO et al, 2007). O estudo de Sposito et al 2007 Em relação à obesidade e ao excesso de peso, observa-se que o mesmo padrão dos estudos relacionados à HAS foi seguido, encontrando-se controvérsias na análise dos resultados.…”