Apesar dos lucros auferidos no segmento de saúde suplementar, o número de segurados vinculados a ele oscilou entre 2015 e 2018, em contraste com o comportamento apresentado entre 2000 e 2014, quando só cresceu. Para compreender parte desse fluxo, isto é, a saída dos segurados desse mercado, objetiva-se analisar o tempo de permanência do segurado em planos de saúde, a partir de dados compostos por 122.381 segurados (e ex-segurados) acompanhados entre os anos de 1984 e 2018. Utilizando-se da análise de sobrevivência tradicional, por meio do estimador de Kaplan-Meier e de modelos paramétricos e semiparamétricos, destacam-se os seguintes resultados: a) a mediana do tempo de permanência no plano é de 4,62 anos; b) a massa de seguradoras é composta (ao longo dos anos observados) predominantemente por mulheres, solteiras, jovens, titulares e aderentes ao contrato de individual/familiar; c) conforme o modelo de Cox selecionado, ser homem (em relação à mulher), ser jovem (em relação ao adulto), ser dependente (em relação ao titular) e ser casado (em relação ao amasiado) aumentam o risco de saída da operadora analisada. Espera-se que esses resultados auxiliem a operadora analisada a (re)direcionar suas políticas comerciais e de subscrição de riscos.