2004
DOI: 10.1590/s0034-89102004000500001
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Promoção de saúde e a sensibilidade epistemológica da categoria 'comunidade'

Abstract: ResumoPela 'sensibilidade epistemológica', ferramenta argumentativa baseada no conceito epidemiológico de 'sensibilidade' ajustada ao campo da epistemologia, se faz uma discussão sobre o alcance da categoria 'comunidade' na promoção de saúde. São apresentadas breves revisões de tópicos de suas respectivas propostas e uma sucinta descrição do uso sociológico do conceito 'comunidade', formulado por Tönnies. Também são abordadas questões de definição das comunidades contemporâneas. Sugere-se que formulações hegem… Show more

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“…Neste sentido há, por um lado, o objetivo de fortalecer os indivíduos em suas capacidades e utilizar a Promoção de Saúde como estratégia para criar mudanças na relação entre os cidadãos e o Estado, constituindo-se numa perspectiva libertária que busca mudanças sociais mais profundas -como são as propostas de educação popular (Castiel, 2004) -e, por outro, a intenção de conduzir indivíduos a assumirem a responsabilidade por sua saúde e, ao assim fazerem, reduzir o peso financeiro na assistência à saúde. Mas isso pode ter como resultado "grupos de indivíduos entregues a si próprios e à preocupação com o desempenho baseado em condições individuais quanto a recursos e capacidade de incorporar semimitos que sustentem uma identidade frágil, povoada cada vez mais por um imaginário composto por elementos vinculados a 'questões de saúde'" (Castiel, 2003, p.92) -o que merece uma discussão ética.…”
Section: Declaração De Alma Ataunclassified
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“…Neste sentido há, por um lado, o objetivo de fortalecer os indivíduos em suas capacidades e utilizar a Promoção de Saúde como estratégia para criar mudanças na relação entre os cidadãos e o Estado, constituindo-se numa perspectiva libertária que busca mudanças sociais mais profundas -como são as propostas de educação popular (Castiel, 2004) -e, por outro, a intenção de conduzir indivíduos a assumirem a responsabilidade por sua saúde e, ao assim fazerem, reduzir o peso financeiro na assistência à saúde. Mas isso pode ter como resultado "grupos de indivíduos entregues a si próprios e à preocupação com o desempenho baseado em condições individuais quanto a recursos e capacidade de incorporar semimitos que sustentem uma identidade frágil, povoada cada vez mais por um imaginário composto por elementos vinculados a 'questões de saúde'" (Castiel, 2003, p.92) -o que merece uma discussão ética.…”
Section: Declaração De Alma Ataunclassified
“…Contribuindo para a discussão ética sobre a saúde ser um direito ou um dever do cidadão, os profissionais que trabalham com a Promoção da Saúde deveriam refletir sobre a perversão da norma consistente na resistência aos programas de monitoramento de fatores de risco comportamental, que de fato não são tão bem-sucedidos como as autoridades sanitárias almejam (Castiel, 2004). Neste caso, coloca-se em questão se esta responsabilização do indivíduo por sua saúde não seria algo que exige dos indivíduos mais do que lhes é possível, sobretudo tendo em conta que vivemos em sociedades ditas de risco e que a própria discussão sobre a "sociedade de risco" pode ser vista como uma "ideologia [que interpreta] como nossas opções de risco aquilo que nos é imposto como um destino cego [...] objetivado como uma espécie de fatum anônimo" (Zizek, Daly, 2006, p.135).…”
Section: A Nova Promoção à Saúdeunclassified
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“…The indiscriminate use of the notion of community empowerment without critical reflection and political analysis of the power relations in society (and thus without reference to social theories) serves to disseminate fuzzy 22,36 , illusory, romantic 15 , idealized 36 , and homogenized visions of "community". In our view, the combination of these views leads to "blaming victimized communities" 15 , a collective and even more perverse version of victim blaming.…”
Section: Psychological and Community Empowermentmentioning
confidence: 99%
“…Boa parte da literatura sobre o tema aborda seus avanços e impasses (CZERESNIA, 2003;CARVALHO, 2004;CASTIEL, 2004;CARVALHO;GASTALDO, 2008). Em outro trabalho de cunho mais teórico-conceitual, contendo uma revisão bibliográfica da temática, expusemos nossa perspectiva de tomar a promoção como objeto de problematização, evitando aderir a uma avaliação dualista, seja entendendo-a como essencialmente progressista, seja como essencialmente conservadora.…”
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