O artigo discute como os caboclos amazônicos são representados pela etnografia, história, literatura e pelo senso comum da região, assinalando como, nesses diversos corpora discursivos, está presente certa ambivalência, estruturadora do padrão narrativo que a sociedade amazônica usa quando se refere a eles. Categoria social de representação ou tipo ideal constituído na história amazônica, os cablocos seriam uma anti-identidade, ou melhor, uma identidade paradoxal, denegativa. Uma questão que só tem sentido na violência simbólica que os institui como sujeito social.