Tendo em vista a intensificação e diversificação dos fluxos migratórios internacionais presentes na Região Metropolitana de Londrina/PR, viu-se necessário o estudo da migração feminina e suas relações com o trabalho, violências sofridas e as dificuldades encontradas em suas trajetórias. Assim, o objetivo do artigo foi compreender a realidade das mulheres migrantes atendidas pelo Programa de Atendimento e Acompanhamento aos Migrantes, Refugiados, Apátridas e suas Famílias executado pela Cáritas Arquidiocesana de Londrina/PR. Enquanto procedimentos metodológicos optou-se pela revisão de literatura e a pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi realizada com cinco mulheres imigrantes residentes em Londrina/PR, atendidas pelo Programa de Atendimento e Acompanhamento aos Migrantes, Refugiados, Apátridas e suas Famílias executado pela Cáritas Arquidiocesana de Londrina/PR, tendo sido utilizado como instrumento de coleta de dados, a entrevista semiestruturada. A partir da pesquisa realizada, compreendeu-se que as mulheres imigrantes residentes em Londrina/PR, tiveram o Brasil como primeiro país de deslocamento, migraram em busca de melhores condições de vida para elas e suas famílias, e pode-se verificar que as participantes da pesquisa não estão no mercado de trabalho formal, ocupando postos de trabalhos informais, sem registro e sem carteira assinada. A maioria das mulheres imigrantes entrevistadas estão desempregadas, sendo a única fonte de renda, o salário do companheiro.