1997
DOI: 10.1590/s0034-77011997000100005
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Jardim do Éden revisitado

Abstract: RESUMO: Análise do mito de Lilith, primeira esposa de Adão, segundo a tradição judaica, que foi expurgada do texto, hoje conhecido, pela censura dos editores bíblicos que procuraram adequar o livro sagrado aos valores e padrões morais de suas épocas. O Autor mostra que esses cortes não foram suficientes para apagar totalmente a figura de Lilith da tradição oral e, muito menos, de alguns textos rabínicos. No decorrer deste mito fica claro que, ao consumir o fruto proibido, Adão adquiriu o conhecimento do bem e … Show more

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“…Em viés paralelo, pode-se fazer menção ao conto de Lilith, uma nova versão (bivocalizada) da narrativa de Gênesis em que a primeira mulher de Adão não seria Eva, mas Lilith, que se rebela perante os papéis submissos que deveria desempenhar em relação ao homem, além de seduzi-lo sexualmente e levá-lo aos caminhos da luxúria (LARAIA, 1997). [...] Lilith seria um arquétipo feminino de independência e sensualidade.…”
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“…Em viés paralelo, pode-se fazer menção ao conto de Lilith, uma nova versão (bivocalizada) da narrativa de Gênesis em que a primeira mulher de Adão não seria Eva, mas Lilith, que se rebela perante os papéis submissos que deveria desempenhar em relação ao homem, além de seduzi-lo sexualmente e levá-lo aos caminhos da luxúria (LARAIA, 1997). [...] Lilith seria um arquétipo feminino de independência e sensualidade.…”
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“…Ao configurar-se esse possível resgate, retoma-se o mito para tentar redirecionar e controlar um regime sociopolítico de poder às mulheres da época, o que historicamente sempre foi utilizado para manter essa ordem hegemônica e estável, onde se combate veementemente aquelas que rompem com os preceitos ideológicos de conhecimento, submissão e subserviência das mulheres nas sociedades contemporâneas (LARAIA, 1997;VALE, 2016). Logo, a representatividade simbólica da cobra seria acionada inclusive como meio de coerção, punição, controle e demérito das mulheres enquanto seres politicamente atuantes e participantes das sociedades democráticas de direitos e deveres, sendo, portanto, essas atitudes o composto ativo do "veneno" da perdição, do pecado, da mentira etc.…”
Section: )unclassified
“…Fora a mulher o personagem mais inferiorizado no medievo, visto que "era filha e herdeira de Eva, fonte do Pecado original e instrumento do Diabo" 27 , sem direito sequer a própria voz. A figura feminina, seja como agente do Diabo ou herdeira direta de Eva, oscilou entre essas duas categorias criadas pelo poder religioso, pois quando não estava sob o controle do pai deveria estar sobre o controle do marido, chegando a representar um verdadeiro perigo quando viúva, uma vez que não estaria sob a tutela de nenhum homem para vigiá-la 28 .…”
Section: A Representação Da Figura Feminina Anteriormente Ao Imaginárunclassified
“…Venerated by her beatas, pilgrims and penitents in these rituals, the performatic moments directed toward her establish an hierarchized communication (LANGDON, 1996), different from that observed (to Pedro Batista and other Beatos) for the male gender, as we will see later, originating, in this way, innovations in how the performers (the beatas) of Dodô rise up to her. Adjustments are made to the ritual performances in which the structure, both social, cultural as well as messianic of popular Catholicism, is activated in these performances, in which, a religious feminine body, sacramented while still living, as in the case of Madrinha Dodô, provides spiritual support to her penitent pilgrims, specifying, as Laraia (1997), suggested, the woman as a dual being. That is, her experiences in (public) spaces are different from the male, and can be observed in her corporal postures, which are significantly different from those of the male universe (LARAIA, 1997).…”
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