Gênero-Corpo-Sexualidade No Espacializar: Produzindo Corpos-Em-Campo Na Pesquisa

Abstract

RESUMO Este artigo objetiva desvelar a espacialidade no trabalho de pesquisa a partir das relações de corpo, gênero e sexualidade entre sujeitos pesquisados e pesquisador a partir de um estudo de cunho teórico-empírico de base etnográfica. Tomando como ponto de partida teorizações sobre espacialidade e materialidade, desenvolvemos conceitualmente a noção de corpos-em-campo como um possível caminho para a produção de conhecimentos não sobre, mas com específicas vidas. Tal movimento permite ainda compreender o corpo a partir das práticas de organização e romper com processos de silenciamento e hierarquização de específicos corpos que configuram lacunas teóricas e empíricas na pesquisa, na medida em que propõe visibilizar e problematizar também o corpo pesquisador na produção do espaço. Nos Estudos Organizacionais, esse movimento torna-se relevante para uma agenda ética e política de pesquisa preocupada com a construção de diálogos e reconhecimentos com diferentes corpos, gêneros e sexualidades que permitem ampliar possibilidades de praticar organização.

Organizing in the Ruins: Contributions of Multispecies Approaches in Administration

“…Studies in the field approached spacing through the problematization of the urban phenomenon, small businesses that move the city or concepts such as organization-city (Carrieri et al, 2008;Carrieri et al 2018;Carrieri et al, 2014;Costa et al 2022;Fantinel & Cavedon, 2010b;2010a;Fantinel & Fischer, 2012;Fischer, 1997;Gomes et al, 2021;Ipiranga, 2010;Mac-Allister, 2004;Saraiva et al, 2014;Saraiva & Carrieri, 2012). Recently, the practical turn has been mobilized as a framework for the analysis of organizational spaces and the organization of spaces (Bezerra et al, 2019;Carrieri et al 2018;Domingues et al, 2019;Fernandes et al, 2021;Ipiranga, 2016;Ipiranga & Lopes, 2017;Pinheiro et al, 2023), with special attention to the socio-material and embodied dimension of the practice (Fantinel & Davel, 2020;Gomes & Fantinel, 2022), which in a more critical view show asymmetries and economic, social, ethnic-racial, and gender inequalities in this production of space (Borsatto & Fantinel, 2024;Bretas & Saraiva, 2013;Figueiredo & Cavedon, 2020;Gomes & Fantinel, 2022;Nascimento et al, 2015;Rezende et al, 2024;Teixeira et al, 2015).…”

Organizar em Ruínas: Contribuições de Abordagens Multiespécies na Administração

“…Estudos no campo se aproximaram do espacializar a partir da problematização do fenômeno urbano, de pequenos negócios que movimentam a cidade ou de conceitos como organização-cidade (Carrieri et al, 2008;Carrieri et al 2018;Carrieri et al, 2014;Costa et al 2022;Fantinel & Cavedon, 2010b;2010a;Fantinel & Fischer, 2012;Fischer, 1997;Gomes et al, 2021;Ipiranga, 2010;Mac-Allister, 2004;Saraiva et al, 2014;Saraiva & Carrieri, 2012). Recentemente, a virada prática vem sendo mobilizada como framework para a análise de espaços organizacionais e do organizar de espaços (Bezerra et al, 2019;Carrieri et al 2018;Domingues et al, 2019;Fernandes et al, 2021;Ipiranga, 2016;Ipiranga & Lopes, 2017;Pinheiro et al, 2023), com especial atenção à dimensão sociomaterial e corporificada da prática (Fantinel & Davel, 2020;Gomes & Fantinel, 2022), que em um olhar mais crítico evidenciam assimetrias e desigualdades econômicas, sociais, étnicoraciais e de gênero nessa produção do espaço (Borsatto & Fantinel, 2024;Bretas & Saraiva, 2013;Figueiredo & Cavedon, 2020;Gomes & Fantinel, 2022;Nascimento et al, 2015;Rezende et al, 2024;Teixeira et al, 2015).…”