No período ditatorial o sistemático viés de inclusão do planejamento estatal centralizado, vigorou-se sobretudo pelas atuações das autarquias federais que potencializaram as funções econômicas, perante a concepção das propostas nacionais para a regionalização no país. Alinhada a política de polos de desenvolvimento, presentes nas estratégias do Programa de Integração Nacional e nos Planos Nacionais de Desenvolvimento da década de 1970 a Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul (SUDESUL), sendo, essencialmente um órgão de planejamento, ausente de uma política de desenvolvimento regional, desempenhou suas atividades em três dimensões: espacial, setorial e subsidiárias. A partir das estratégias de desenvolvimento nacional pela esfera federal, tendo como foco as ações da SUDESUL, objetiva-se, analisar as medidas orientadas ao desenvolvimento regional que suscitaram o Plano de Assentamento de População (PAP) no extremo sul Catarinense entre as décadas de 1970 e 1990. Para tal, o estudo é fundamentado na proposta dialética, utilizando-se da análise documental. Entre os resultados da pesquisa, constata-se que a SUDESUL participou ativamente no sul catarinense para o planejamento, execução e controle do subprojeto Sombrio, que objetivava o desenvolvimento socioeconômico da região, a partir da produção agrícola, pelo aproveitamento de áreas de banhados, por obras de contenção de cheias, drenagem e irrigação. Entre os setores da proposta, estava inserido um assentamento rural, intitulado: Plano de Assentamento de População (PAP). O qual visava assentar famílias agricultoras para produção agropecuária, em especial hortigranjeira tendo como destino o consumo interno e atendimento regional. Na análise temporal deste estudo, evidencia-se a descontinuidade política administrativa de ações do Estado e seus respectivos órgãos de fomento agrário e assistência socioeconômica, a comunidade. Tendo entre os limites e atuações efetivas da proposta, a descaracterização da finalidade do projeto.