Os processos geomorfológicos são responsáveis por promoverem transformações na paisagem do semiárido. O intemperismo é responsável por decompor as rochas, formar novos materiais e alterar a superfície rochosa. No semiárido sobre rochas cristalinas, o intemperismo permite a formação de solos, como os Luvissolos e os Neossolos litólicos, principalmente nas áreas de rochas metamórficas, e nos afloramentos graníticos, produz um conjunto de feições específicas que são responsáveis pela sua evolução. A erosão dos solos é predominantemente por escoamento superficial, produzindo altas taxas nas encostas e assoreamento dos leitos fluviais. De modo geral, os processos erosivos e a remoção dos solos são mais rápidos que o intemperismo e a formação de novos materais. Assim, durante o processo evolutivo resultarão delgados regolitos residuais, podendo muitas vezes expor o corpo rochoso. Essa condição foi caracterizada por Gilbert (1877) e foi denominada de “limites de intemperismo”.