1999
DOI: 10.1590/s0034-73291999000100004
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A vida longa das linhas retas: cinco mitos sobre as fronteiras na África Negra

Abstract: A vida longa das linhas retas: cinco mitos sobre as fronteiras na África Negra 1 WOLFGANG DÖPCKE* IntroduçãoAs fronteiras dos Estados africanos modernos são um polêmico objeto de estudo. São apontadas, tanto no discurso acadêmico quanto na opinião pública 2 , como um dos principais culpados pela instabilidade política e pelos conflitos no continente. A maneira arbitrária pela qual as fronteiras foram impostas às sociedades africanas pelos colonizadores europeus, ignorando as realidades étnicas, geográficas, ec… Show more

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“…Igualmente, Quijano (2000 apud BARBOSA, 2008) analisa que a imposição da cultura europeia/ocidental na sociedade africana se relaciona a um paradigma, no qual se reproduz a estrutura mental de uma sociedade a outra 11 . Porém, de acordo com Döpcke (1999), o interesse pela expansão comercial é um relevante fator da colonização europeia na África 12 .…”
Section: O Subdesenvolvimento Econômico Africanounclassified
“…Igualmente, Quijano (2000 apud BARBOSA, 2008) analisa que a imposição da cultura europeia/ocidental na sociedade africana se relaciona a um paradigma, no qual se reproduz a estrutura mental de uma sociedade a outra 11 . Porém, de acordo com Döpcke (1999), o interesse pela expansão comercial é um relevante fator da colonização europeia na África 12 .…”
Section: O Subdesenvolvimento Econômico Africanounclassified
“…europeu ao qual tentaram ajustar as sociedades pluriculturais e multi-étnicas, que integram o espaço definido pelas fronteiras artificiais coloniais (Amaral, 1994). Esses países mantiveram uma certa tradição africana pré-colonial de espaços políticos com uma grande diversidade cultural, que integram várias línguas e etnias, havendo mesmo casos de coincidência dos limites fronteiriços coloniais com os de jurisdição de dirigentes locais africanos (Döpcke, 1999).…”
Section: Introductionunclassified
“…O historiador Wolfgang Döpcke também reclama uma análise mais complexa sobre as fronteiras da África: além de minimizar os efeitos práticos da Conferência de Berlim, assegura que os africanos já conheciam o conceito de fronteira política antes da colonização europeia e desnuda como os líderes africanos mantiveram o status quo territorial mesmo após a descolonização, com a proposta pan-africanista do ganês Kwame Nkrumah sendo derrotada pela conservadora Organização da Unidade Africana, em 1963. Ele grifa ainda as reivindicações territoriais do Marrocos e o apoio de alguns Estados africanos à França na guerra contra a Argélia (DÖPCKE, 1999). Sua argumentação só reforça a cultura de fronteira aqui desenvolvida.…”
unclassified