Estomatite aftosa recorrente: revisão bibliográfica

Abstract

A estomatite aftosa recorrente (EAR) é a afecção mais comum da mucosa oral. Apesar das constantes pesquisas e preocupação clínica, sua causa permanece obscura. Possui três formas principais. A mais comum é a EAR menor, com pequenas ulcerações definidas, arredondadas, que são dolorosas e cicatrizam em 10 a 14 dias. Na forma maior são maiores, duram de 6 semanas a mais e freqüentemente deixam cicatriz. A terceira forma é a herpetiforme com múltiplas lesões que podem coalescer e duram de 7 a 10 dias. O diagnóstico é feito após exame clínico. Alguns fatores locais e sistêmicos podem estar associados a doença e se tem evidência de que uma base imunogenética pode estar presente. O controle da doença depende de sua apresentação clínica e inclui drogas imunossupressoras, corticosteróides tópicos e sistêmicos e soluções anestésicas e antimicrobianas.

Úlceras Aftosas Recorrentes e sua possível associação ao estresse

“…Devido à ausência de exames bioquímicos e histopatológicos específicos, o diagnóstico normalmente se baseia na história do paciente e na apresentação clínica de suas lesões (FRAIHA; BITTENCOURT; CELESTINA, 2002). Porém Piskin e colaboradores (2002) constataram, em seus estudos, um nível consideravelmente reduzido de cobalamina no soro dos pacientes com UAR, e sugeriram que o nível dessa vitamina fosse considerado como um marcador laboratorial válido para o diagnostico.…”

Tratamento De Ulcerações Aftosas Recorrentes: Uma Revisão Bibliográfica

“…Muitas vezes em caso de úlceras aftosas menores ou em pouco número, o paciente raramente procura tratamento especializado por ser um quadro leve, onde o desconforto é relativamente pequeno e geralmente são infrequentes, nestes casos a automedicação acaba sendo a opção imediata. Já nos quadros de úlceras aftosas maiores e herpetiformes por serem quadros severos, geralmente há a procura ao cirurgião dentista para resolução e esclarecimento sobre a patologia (Fraiha, 2002).…”

“…Devem ser massageados no local da lesão para proporcionar um alívio momentâneo da dor. É utilizado principalmente antes das refeições, para diminuir a sensação dolorosa e o paciente poder se nutrir adequadamente (Fraiha et al, 2002).…”

“…Pedersten (1993) realizou um estudo onde analisou a presença de DNA viral em lesões de pacientes com úlcera aftosa recorrente (UAR) observando a presença do vírus Varicela Zóster, da família do herpes vírus humano (HHV) em tais lesões.Em virtude desta natureza multifatorial, para a equipe odontológica tratar das úlceras aftosas recorrentes (UAR) tornou-se algo complicado, porque sua finalidade seria eliminar a doença, mas sem as causas das lesões ulcerativas, os recursos terapêuticos direcionam-se em reduzir ou até mesmo cessar a inflamação, atenuar a dor da região e acelerar o processo de cicatrização e aumentar o intervalo sem recidiva(Fraiha et al, 2002).A ulceração aftosa menor ou ainda chamada de afta vulgar ou de Mikulics corresponde à forma mais comum, ocorrendo em 90% dos casos de úlcera aftosa recorrente (UAR), tendo uma prevalência geral de 5-25% na população geral. São lesões recorrentes que se apresentam como úlceras circulares rasas, de contorno nítido com borda em geral não elevada, exsudato acinzentado no centro e halo eritematoso ao redor, a dor é presente e sua dimensão de 5 a 10 mm, geralmente única ou em número reduzido, atingindo a mucosa bucal não-queratinizada e desaparecendo entre 7 a 14 dias e com recorrência média de 2 a 3 vezes no ano.…”

Avaliação da efetividade da fotobiomodulação em estomatites aftosas recorrentes em pacientes hebiatras

“…Segundo Fraiha (2002) e Yoamada (2014), cerca de 10% da população mundial é acometida por Estomatite Aftosa Recorrente (EAR). Esta doença caracteriza-se como uma úlcera de fundo amarelado delimitado por um halo eritematoso que pode afetar toda a mucosa bucal, variando em forma, tamanho e número, com etiologia multifatorial.…”