RESUMOEste artigo é um estudo de caso que apresenta os estressores comuns, respostas, manejos individuais e coletivos dos profissionais que atuam na sala de cirurgia. Os dados foram coletados por entrevistas com 32 sujeitos da equipe multiprofissional, submetidas à análise de conteúdo, emergindo seis categorias: vivências significativas do estresse; situações que geram estresse; comportamento individual na sala de cirurgia; manejo do estresse; responsabilidades e comprometimentos; manifestações comportamentais. Embora intercorrências com pacientes gerem vivências marcantes, o paciente foi considerado menor gerador de estresse nos profissionais, sendo as relações interpessoais os estressores mais freqüentes e significativos. Para o enfrentamento das situações de estresse os profissionais utilizam o manejo centrado no problema, centrado na emoção, manobras de alívio e desenvolvimento das relações sociais. Descritores: Estresse; Sala de cirurgia; Comportamento e mecanismos comportamentais.
ABSTRACT
This article is a case study that presents common stressors, answers to professional's individual and collective handling in the operating room. The data was collected through interview of 32 persons of the surgical team
INTRODUÇÃOO interesse em desenvolver estudo sobre estresse ocupacional gerado nos profissionais que atuam na Sala de Cirurgia (SC) decorreu de questionamentos surgidos da experiência de uma das autoras que atuando quase duas décadas como enfermeira atuante no Bloco Cirúrgico (BC). Percebi este cenário como ideal para desencadear o processo de estresse. Estes profissionais, além de lidarem com a vida e a morte, vivem relações de poder e saber desempenhando diferentes papéis, expressados em formas de controle e resistência.Tem-se observado que o manejo das situações-problema e o enfrentamento do estresse variam, tendo cada sujeito maneira própria de perceber, imaginar, opinar, agir, amar e odiar a partir da sua estrutura psicológica. As vivências determinam a maneira de sentir e compreender o que se passa