Esse capítulo abrange o relato de experiência dos autores quanto à descoberta de duas variações anatômicas no plexo braquial de cadáveres de uma instituição de ensino superior localizada em Fortaleza, no Ceará. Em uma, ocorria a anastomose completa do nervo musculocutâneo com o nervo mediano, acarretando na ausência do nervo cutâneo lateral do antebraço; na outra, o músculo peitoral menor era inervado pelo nervo peitoral lateral. Ademais, o capítulo traz uma revisão clássica do plexo braquial, além de um compilado de algumas variações anatômicas, como a presença do nervo frênico no plexo braquial, o curso do nervo dorsal da escápula fora do músculo escaleno médio, as anastomoses de Riché-Cannieu e Martin-Gruber, entre outras. A existência dessas variações anatômicas possui relevância clínico-cirúrgica em diversos aspectos. Por exemplo, em procedimentos anestésicos na região cérvico-torácica e apendicular, pode-se haver dificuldade em realizar o bloqueio nervoso. Além disso, a presença de algumas dessas variações propicia a ocorrência de erros no diagnóstico de patologias relacionadas aos nervos envolvidos. Outrossim, no intra-operatório cirúrgico, uma parcela dessas variações predispõe a exposição do plexo braquial a lesões iatrogênicas. Sendo assim, é de grande importância o conhecimento dessas variações para os profissionais da área da saúde, os quais, em posse dessas informações, poderão atuar com mais segurança e eficiência em procedimentos que envolvem o plexo braquial.