3,4 . Outros fatores, porém, devem ser considerados, dentre eles, o principal é a dor pós-operatória, que é tida como relevante em procedimentos cirúrgicos em andar superior do abdome 5,6 . Assim, autores apontam para menor disfunção ventilatória pós-operatória, inclusive com redução de morbidade 7 , quando a dor pós-operatória é tratada de maneira eficaz. Nesta pesquisa avaliou-se a função pulmonar pós-operatória de pacientes que se submeteram à colecistectomias e receberam perioperatoriamente morfina peridural. A administração da morfina diretamente no canal espinhal é um dos métodos mais eficazes para o tratamento da dor aguda e intensa, como a que ocorre em pós-operatórios. Esse agente se liga aos receptores opióides específicos (mu-1) promovendo analgesia supra-espinhal intensa. Assim, a duração de ação dessa droga no espaço peridural, em dose única, pode perdurar por mais de 24 horas 8,9 , permanecendo o paciente sem dor, nesse intervalo de tempo. Isto é, exatamente o momento mais intenso de crise álgica pós-operatória: o pós-operatório imediato. Somente uma fração muito pequena de morfina atinge seu sítio de ação, quando injetada por via parenteral (intramuscular ou endovenosa). Isso se deve à sua baixa lipossolubilidade, motivo pelo qual sua eficácia é bem inferior àquela observada, quando a droga é injetada pela via peridural 10 . Este estudo comparou um grupo de pacientes que se submeteram a colecistectomias subcostais abertas, tratados com morfina peridural na pré-indução anestésica, cuja finalidade foi de promover menores distúr-bios ventilatórios e abreviar a recuperação da função pulmonar, que foi avaliada por meio de espirometrias seriadas. Seus objetivos foram, nos pós-operatórios de colecistectomias abertas subcostais, detectar distúrbios ventilatórios restritivos, sua gravidade e o tempo de normalização das espirometrias. Excluíram-se as enfermas em uso de fármacos com efeito broncodilatador; tabagistas; pacientes cuja estatura não pode ser determinada com precisão (cifoescoliose, amputação de membros inferiores, acamados, etc.); gestantes; portadoras de doenças respiratórias; abdome agudo ou com história médica pregressa de doença diverticular do cólon; enfermas com antecedentes de úlcera gastro-duodenal; pacientes com antecedentes clínicos de hemorragia digestiva; portadoras de doença neuro-muscular; pacientes psiquiátricas; enfermas com contra-indicação de receberem bloqueio anestési-co peridural; e pacientes com atencedentes clínicos de alergia à dipirona, diclofenaco de sódio ou aos anestésicos selecionados para uso. Procedimento, cujo tempo anestésico-cirúrgico ultrapassava uma hora, era excluído do estudo e nova paciente era selecionada para compor o grupo.
MÉTODOS MÉTODOS MÉTODOS MÉTODOS MÉTODOSTratou-se de um estudo prospectivo, em que as pacientes foram acompanhadas, pós-operatoriamente, avaliando suas funções pulmonares. As enfermas foram submetidas à colecistectomias abertas subcostais, sob bloqueio anestésico peridural com 25ml bupivacaína 0.375% mais 0,03mg.kg -1 de cloridrato de...