2011
DOI: 10.1590/s0011-52582011000300006
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Dominação e indiferença na teoria crítica de Gabriel Cohn

Abstract: OBrasil é um país cujos cientistas sociais tendem a olhar como se fosse exclusivo, como se houvesse uma demanda de conhecimento de sua realidade que se pusesse acima de tudo e mesmo excluísse, na prática, que o pensamento social se ocupasse de outras dimensões e de outras paragens. O estudo social da realidade entre nós tem padecido bastante deste viés "nacionalista metodológico". Não se trata de tara nossa apenas, mas, sim, de problema que acomete os países periféricos de modo bastante geral: sua situação não… Show more

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“…Isto é, como categorias operacionais, o rural e o meio ambiente estão circunscritos às demandas institucionais para classificação do espaço, para os recortes territoriais e para a gestão de políticas públicas. Mas, como categorias analíticas, "rural" e "meio ambiente" assumem diferentes feições e tornam-se independentes até mesmo das estratégias de intervenção pública e dos recortes administrativos, podendo ser problematizados como recursos simbólicos e categorias de pensamento que organizam as práticas sociais (Mormont, 1996a;1996b;Williams, 2011a;2011b). Dessa sorte, os estudos produzidos no campo das ciências sociais brasileiras e, particularmente, da sociologia, no escopo do tema ruralidades e meio ambiente, poderiam, em algumas frentes, emancipar-se das pautas mais imediatas das políticas públicas e seus instrumentos, tomando assim o rural e o meio ambiente como efetivos fatos sociais que revelam mudanças e permanências a depender da história social.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Isto é, como categorias operacionais, o rural e o meio ambiente estão circunscritos às demandas institucionais para classificação do espaço, para os recortes territoriais e para a gestão de políticas públicas. Mas, como categorias analíticas, "rural" e "meio ambiente" assumem diferentes feições e tornam-se independentes até mesmo das estratégias de intervenção pública e dos recortes administrativos, podendo ser problematizados como recursos simbólicos e categorias de pensamento que organizam as práticas sociais (Mormont, 1996a;1996b;Williams, 2011a;2011b). Dessa sorte, os estudos produzidos no campo das ciências sociais brasileiras e, particularmente, da sociologia, no escopo do tema ruralidades e meio ambiente, poderiam, em algumas frentes, emancipar-se das pautas mais imediatas das políticas públicas e seus instrumentos, tomando assim o rural e o meio ambiente como efetivos fatos sociais que revelam mudanças e permanências a depender da história social.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…É a partir do exame de questões ligadas à sociologia da comunicação que Cohn se estabeleceu como um estudioso dos teóricos frankfurtianos, com os quais já havia tido contato no próprio curso de graduação na USP -Cardoso, por exemplo, ministrava aulas sobre A personalidade autoritária, de Theodor Adorno, publicado em 1950 (Musse & Klein, 2018: 290). Não resta dúvida, porém, de que Cohn se tornou uma referência ao conjugar seus conhecimentos do idioma alemão ao estudo sistemático de tais autores, levando a um novo patamar a reflexão da teoria sociológica no país (Domingues, 2011). Em suma, foi pelo estudo das análises dos frankfurtianos sobre a indústria cultural que Cohn passou a se dedicar à reflexão teórica.…”
Section: Florestan Fernandesunclassified