Estudou-se o efeito das doses de glyphosate utilizadas à destruição química da cana-de-açúcar, sobre a emergência e desenvolvimento inicial de soja, milho e amendoim, semeados em sucessão. Conduziu-se um experimento para cada cultura, em vasos, utilizando-se delineamento inteiramente casualizado com tratamentos dispostos em esquema fatorial 2 x 6 em quatro repetições, sendo épocas de semeadura (1 e 12 dias após aplicação) e doses de glyphosate (0; 1440; 2160; 2880; 3600 e 4320 g ha -1 ). As unidades experimentais foram constituídas por vasos de plástico (3L) preenchidos com terra de barranco. O herbicida foi aplicado com pulverizador costal pressurizado, barra com quatro pontas jato leque (TT110/02), espaçadas de 0,50 m, pressão constante de 2,1 kgf cm -2 e volume de calda de 260 L ha -1 . Após, semeou-se 15 sementes a 3 cm de profundidade com desbaste aos 14 dias após semeadura (DAS), contabilizando-se o número de plantas germinadas. As plantas restantes foram avaliadas (35 DAS) quanto à altura, número de folhas ou trifólios (soja) e teor de clorofila total. Caracterizou-se o perfil isoenzimático da α-esterase 14 dias após a aplicação, por eletroforese em gel de acrilamida. Todas as doses de glyphosate aplicado 1 ou 12 dias antes da semeadura prejudicaram o número de plantas de amendoim. Glyphosate até 3600 g e.a.ha -1 estimulou altura e acúmulo de massa seca em amendoim, soja e milho. As doses não alteraram o número de isoformas da α-esterase em amendoim, porém, alteraram nas plantas e soja (em todas as doses) e milho (doses > que 2880 g ha -1 ).