Na earcinomatose das meninges estas estruturas são difusamente invadidas pelo tecido neoplásico e freqüentemente só o exame microscópico revela a natureza do processo patológico. A sobrevida, após o início dos sintomas neurológicos, varia de 3 a 5 meses; ocasionalmente há sobrevida acima de 8 meses 3 .As manifestações podem ser de vários tipos: 1) síndrome de irritação meníngea; 2) sintomas devidos ao comprometimento do sistema nervoso central e/ou dos nervos espináis; 3) alterações psíquicas variáveis, geralmente com excitação nas fases iniciais e a apatia e soñolencia na fase terminal; 4) paralisia de nervos cranianos, especialmente os relacionados com a motricidade extrínseca ocular; 5) síndrome de cauda eqüina 1 . A cefaléia, muitas vezes, é o primeiro sintoma; em alguns casos, especialmente naqueles em que a afecção predomina ao nível das meninges espináis, o quadro pode iniciar-se com dor na região dorsal e nos membros. A cefaléia em geral é acompanhada de edema de papila, que pode ser devido a aumento de pressão intracraniana ou ao envolvimento dos nervos e quiasma óptico pelo tecido neoplásico 6 .No líquido cefalorraqueano (LCR) com freqüência há aumento do teor de proteínas, diminuição do teor de glicose e hipercitose com predominância de linfomonucleares; a presença de células neoplásicas depende da existência de relações diretas das massas neoplásicas com os reservatórios de LCR. Células neoplásicas são mais comumente encontradas nos casos de tumores metastáticos do que nos primitivos; elas podem apresentar-se isoladas ou agrupadas; seu tamanho é avantajado (20 micra ou mais), seu citoplasma pode ser basófilo. Elas contêm um ou mais núcleos, de tamanho variável, nos quais se evidenciam nucléolos e cromatina grosseiramente granulosa 4 .Benson 2 admite que as metastases alcançam o sistema nervoso pelas seguintes vias: 1) hematogênica; 2) linfática, as células tumorais ascendendo através do sistema linfático, envolvendo os nervos periféricos e inva-