2019
DOI: 10.1590/interface.170686
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Desafios da formação antropológica de profissionais de Saúde: uma experiência de ensino na pós-graduação em Saúde Coletiva

Abstract: Profissionais de Saúde vêm buscando formação em pesquisa na área de Ciências Sociais no âmbito dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva. Nesse processo, pesquisas de cunho antropológico, calcadas no método etnográfico, têm sido frequentes entre esses pesquisadores (de formação não antropológica). O objetivo deste artigo é refletir sobre a experiência de ensino e aprendizagem dos fundamentos teórico-metodológicos das pesquisas etnográficas em Saúde, tendo em vista nossa experiência docente. O principal … Show more

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“…Alzuguir, 2019, p. 1) Desde então, temos observado o enorme interesse e entusiasmo de jovens alunas(os) com os debates em sala de aula, os quais perpassam temas diversos, como alcoolismo, transexualidade, prostituição, contracepção, uso de medicamentos e outras substâncias, violência, mercado de trabalho e produção científica, maternidade e deficiênciastodos igualmente atravessados pelas hierarquias de gênero. A experiência pregressa de formação de profissionais de ciências sociais e humanas e de ciências da saúde na pós-graduação, latu 6 ou stricto sensu (Ferreira;, nos qualificou e nos motivou a sensibilizar futuros(as) sanitaristas para a necessária problematização das questões inerentes ao gênero, à sexualidade e à raça no âmbito das chamadas vigilâncias em saúde (epidemiológica, ambiental e nutricional, dentre outras). Independentemente dos espaços de atuação desses(as) futuros(as) sanitaristasse nas comunidades, a partir da Estratégia de Saúde da Família, na atenção básica, nos setores de imunizações, no planejamento de programas e políticas públicas, em ações de monitoramento em saúde, na atenção hospitalar ou com os movimentos sociais, enfim, em diversas frentes de atuação profissional -, torna-se imprescindível aliar a reflexão sobre gênero a outras desigualdades que igualmente produzem as condições sociais de adoecimento que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam em seu cotidiano de vida e trabalho.…”
Section: A Disciplina De Gênero E Saúde No Curso De Graduação Em Saúdunclassified
“…Alzuguir, 2019, p. 1) Desde então, temos observado o enorme interesse e entusiasmo de jovens alunas(os) com os debates em sala de aula, os quais perpassam temas diversos, como alcoolismo, transexualidade, prostituição, contracepção, uso de medicamentos e outras substâncias, violência, mercado de trabalho e produção científica, maternidade e deficiênciastodos igualmente atravessados pelas hierarquias de gênero. A experiência pregressa de formação de profissionais de ciências sociais e humanas e de ciências da saúde na pós-graduação, latu 6 ou stricto sensu (Ferreira;, nos qualificou e nos motivou a sensibilizar futuros(as) sanitaristas para a necessária problematização das questões inerentes ao gênero, à sexualidade e à raça no âmbito das chamadas vigilâncias em saúde (epidemiológica, ambiental e nutricional, dentre outras). Independentemente dos espaços de atuação desses(as) futuros(as) sanitaristasse nas comunidades, a partir da Estratégia de Saúde da Família, na atenção básica, nos setores de imunizações, no planejamento de programas e políticas públicas, em ações de monitoramento em saúde, na atenção hospitalar ou com os movimentos sociais, enfim, em diversas frentes de atuação profissional -, torna-se imprescindível aliar a reflexão sobre gênero a outras desigualdades que igualmente produzem as condições sociais de adoecimento que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam em seu cotidiano de vida e trabalho.…”
Section: A Disciplina De Gênero E Saúde No Curso De Graduação Em Saúdunclassified
“…Similarmente, por volta dos nos anos 70, surge em consonância com a Reforma Sanitária o campo da Saúde Coletiva (SC), que vem para integrar a perspectiva de constituir um paradigma que permitisse uma nova articulação entre as diferentes instituições do campo da saúde 4 . Estabelecendo-se por meio de uma crítica sistemática do universalismo naturalista do modelo biomédico com à amplitude dos aspectos sociais envolvidos no processo saúde, adoecimento e cuidado 5 .…”
Section: Introductionunclassified
“…A responsabilização destas ações começou a ser cunhada com a Constituição Federal, fortalecendo ainda mais a presença da saúde no contexto vital da população (Baquião & Costa, 2019). Partindo desse limiar, o termo saúde coletiva começa a ser utilizado no Brasil em meados de 1979, fruto de discussão das classes trabalhadoras em saúde e que incentivavam a inserção do arcabouço social na análise da saúde da população (Ferreira & Brandão, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
“…Partindo desse novo modelo, buscaram-se abandonar o modelo tradicional da saúde coletiva, a qual ainda se mantinha ligada ao modelo biomédico, centrado no tratamento da doença em detrimento aos demais fatores condicionantes (Ferreira & Brandão, 2019). Neste momento histórico, a saúde coletiva torna-se o modelo vigente no Brasil, tendo como base o trabalho interdisciplinar e a intersetorialidade (Gomes, Cunha, Almeida Lima, Santos & Tavares, 2019).…”
Section: Introductionunclassified
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