“…Dessa maneira, se somos inseridos pelo nascimento como seres estranhos e, de um ponto de vista mundano, somos vistos como estrangeiros, a educação propicia aos mais novos um tempo oportuno para que possam construir suas identidades pessoais no enlace com o mundo, de modo a entrelaçar histórias de vida individuais com os enredos e as personagens que compõem o grande livro de história. É nesse sentido que, ao apresentar o mundo e narrar aos mais novos as histórias que desejamos abrigar e proteger contra o esquecimento, a educação se torna um espaço de resistência contra a mortalidade do mundo (Almeida, 2018), pois, ao inseri-los em uma trama narrativa na qual possam dar continuidade ao enredo desse grande livro de histórias, a educação pode fazer frente à tentação totalitária de produzir tempestades de areia para encobrir o passado e, assim, desertificar o mundo. "É por meio de narrativas que os rastros deixados por seres mortais em um mundo sempre rente à destruição podem se imortalizar" (Batista, 2021b(Batista, , p. 1221.…”