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Resumo O presente estudo teórico propõe um diagnóstico crítico das relações entre trabalho, educação e juventudes contemporâneas, por meio de um breve diálogo com o pensamento social de Christian Laval e Pierre Dardot. Sua preocupação central encontra-se na emergência de novos arranjos subjetivos no contexto do neoliberalismo. Para pensar tais relações foram considerados três traços conceituais derivados das obras dos autores selecionados: a compreensão da crise como modo de vida permanente, a ênfase nos aspectos emocionais e no dispositivo desempenho/gozo e a reinscrição da formação juvenil no território do comum. Ao longo do estudo, evidencia-se que um referencial analítico crítico e heterodoxo, sustentado numa releitura específica do pensamento de Marx articulada a outras contribuições, da forma como tratado por Dardot e Laval, apresenta potencialidade heurística significativa para pensar os conceitos de trabalho, educação e juventude no contexto brasileiro atual. Palavras-chave educação; trabalho; juventude; sociologia da educação.Abstract The present theoretical study proposes a critical diagnosis of the relationships among work, education, and contemporary youths through a brief dialogue with the social thinking of Christian Laval and Pierre Dardot. Its main concern lies in the rise of new subjective arrangements within the context of neoliberalism. In order to think of these relationships, we have considered three conceptual traits derived from the works of the selected authors: the understanding of the crisis as a permanent way of life, the emphasis on the emotional aspects and on the performance/enjoyment device, and the reassignment of youth training to the territory of the common. Throughout the study, it is evidenced that an analytical, critical, and unorthodox framework, backed by a specific reinterpretation of Marx's thinking combined with other contributions, as treated by Dardot and Laval, displays a significant heuristic potentiality to think about the concepts of work, education, and youth in the current Brazilian context. IntroduçãoMas não devemos ignorar as mutações subjetivas provocadas pelo neoliberalismo que operam no âmbito do egoísmo social, da negação da solidariedade e da redistribuição e que podem desembocar em movimentos reacionários e até neofascistas.(Dardot e Laval, 2016, p. 9).Os debates em torno das relações entre trabalho, educação e juventude, sob diferentes perspectivas teóricas, evidenciam-se como um campo academicamente produtivo e relevante. São inúmeros os estudos que, há mais de duas décadas, direcionam reflexões para a questão da formação dos trabalhadores, para os sentidos da profissionalização, para uma crítica aos modelos de formação desenvolvidos no Ensino Médio, ou mesmo para uma ressignificação da própria formação humana, que se dá na interface com o mundo do trabalho (Kuenzer, 2007;Saviani, 2007;Frigotto, 2011). Podemos, então, registrar a pertinência dessas reflexões, ou, como sugere a caracterização sociológica de Richard Sennett (2006), precisaríamos reinscreve...
Resumo O presente estudo teórico propõe um diagnóstico crítico das relações entre trabalho, educação e juventudes contemporâneas, por meio de um breve diálogo com o pensamento social de Christian Laval e Pierre Dardot. Sua preocupação central encontra-se na emergência de novos arranjos subjetivos no contexto do neoliberalismo. Para pensar tais relações foram considerados três traços conceituais derivados das obras dos autores selecionados: a compreensão da crise como modo de vida permanente, a ênfase nos aspectos emocionais e no dispositivo desempenho/gozo e a reinscrição da formação juvenil no território do comum. Ao longo do estudo, evidencia-se que um referencial analítico crítico e heterodoxo, sustentado numa releitura específica do pensamento de Marx articulada a outras contribuições, da forma como tratado por Dardot e Laval, apresenta potencialidade heurística significativa para pensar os conceitos de trabalho, educação e juventude no contexto brasileiro atual. Palavras-chave educação; trabalho; juventude; sociologia da educação.Abstract The present theoretical study proposes a critical diagnosis of the relationships among work, education, and contemporary youths through a brief dialogue with the social thinking of Christian Laval and Pierre Dardot. Its main concern lies in the rise of new subjective arrangements within the context of neoliberalism. In order to think of these relationships, we have considered three conceptual traits derived from the works of the selected authors: the understanding of the crisis as a permanent way of life, the emphasis on the emotional aspects and on the performance/enjoyment device, and the reassignment of youth training to the territory of the common. Throughout the study, it is evidenced that an analytical, critical, and unorthodox framework, backed by a specific reinterpretation of Marx's thinking combined with other contributions, as treated by Dardot and Laval, displays a significant heuristic potentiality to think about the concepts of work, education, and youth in the current Brazilian context. IntroduçãoMas não devemos ignorar as mutações subjetivas provocadas pelo neoliberalismo que operam no âmbito do egoísmo social, da negação da solidariedade e da redistribuição e que podem desembocar em movimentos reacionários e até neofascistas.(Dardot e Laval, 2016, p. 9).Os debates em torno das relações entre trabalho, educação e juventude, sob diferentes perspectivas teóricas, evidenciam-se como um campo academicamente produtivo e relevante. São inúmeros os estudos que, há mais de duas décadas, direcionam reflexões para a questão da formação dos trabalhadores, para os sentidos da profissionalização, para uma crítica aos modelos de formação desenvolvidos no Ensino Médio, ou mesmo para uma ressignificação da própria formação humana, que se dá na interface com o mundo do trabalho (Kuenzer, 2007;Saviani, 2007;Frigotto, 2011). Podemos, então, registrar a pertinência dessas reflexões, ou, como sugere a caracterização sociológica de Richard Sennett (2006), precisaríamos reinscreve...
Resumo Atualmente, assistimos a uma retomada conceitual da noção de protagonismo juvenil no Brasil. Distanciando-se das possibilidades de transformação social, que caracterizavam suas origens no século XX, o protagonismo, agora esboçado, se situa na valorização da capacidade de escolha dos estudantes e da consequente responsabilização juvenil. Com a publicação de um currículo nacional, tornou-se possível dimensionar melhor a questão do conhecimento escolar e os modos pelos quais o protagonismo juvenil se inscreve como um princípio curricular. Esse artigo deriva-se de uma análise documental dos textos curriculares publicados recentemente no Brasil e tomou, como ferramenta conceitual, a noção de epistemologia social. A hipótese desenvolvida refere-se à emergência de um “imperativo da autenticidade”, que posiciona os estudantes como eternos colecionadores de experiências originais em um contexto cada vez mais padronizador e pouco afeito a diferenças e a singularidades.
Resumo O objetivo do presente artigo é descrever, analisar e explicar as propriedades e características da intensificação e da sobrecarga de trabalho de professoras e professores da educação básica de 18 municípios da região do Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, nos anos de 2018 e 2019. Para tanto, apoia-se em dados originados da aplicação de questionário realizado com uma amostra de 204 docentes de escolas públicas da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio, além de entrevistas e grupo de discussão. O estudo é apoiado em referências teóricas que possuem como base a sociologia do trabalho e que tratam das principais categorias da discussão realizada no artigo, especialmente intensificação e sobrecarga, além de condições de trabalho e divisão e organização do trabalho. O artigo se justifica pela necessidade de aprofundamento de pesquisas que abordem as problemáticas da intensificação e da sobrecarga no trabalho docente em tempos de aumento da precarização e de novas e complexas responsabilidades das professoras e professores decorrentes das reformas neoliberais e das mudanças na produção econômica. O estudo revela que as docentes e os docentes dos municípios abrangidos estão envolvidos permanentemente com o trabalho, em jornadas intensas e de sobrecarga que exigem uma constante dedicação ao trabalho, estendendo-se a jornada ao espaço doméstico e produzindo condições que frequentemente levam ao adoecimento.
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