“…Essa intensificação tem sido concretizada através do recurso a instrumentos de regulação tipicamente burocráticos, sendo também visível a emergência de outros modos de regulação, com características pós-burocráticas (MAROY, 2009), baseados nos resultados, na avaliação e na prestação de contas. Esses novos modos de regulação, que se fundamentam no reporte de indicadores de desempenho e que circulam à escala transnacional como novos modos preferenciais de governo da educação (OZGA, 2009), são produtores de conhecimento estatístico e convergem com a ideia de tecnologias de governança (POPKEWITZ & LINDBLAD, 2016). Por meio dessas tecnologias, as autoridades públicas criam categorias sobre os "problemas e as suas causas", concebem a "economia e a sociedade como modos de intervenção" a fim de "ajustar as questões sociais" e, enfim, "estruturam o que importa no planejamento escolar e para o indivíduo pensar e experimentar" (POPKEWITZ & LINDBLAD, 2016, p. 732).…”