2015
DOI: 10.1590/es0101-73302015155700
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Base Nacional Comum para Currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem?

Abstract: RESUMO:No texto busco discutir os sentidos de educação como direito público subjetivo e como bem privado, cuja performance é medida pelo Estado. Analiso as bases nacionais comuns para os currículos, lançadas para consulta pública em setembro de 2015. Meu argumento, após fazer emergir esses dois significados, é que eles se articulam, produzindo uma compreensão normativa de currículo, ao partilharem o antagonismo em relação à imprevisibilidade do chão da escola. Teoricamente, assumo, a partir do diálogo com a te… Show more

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“…A respeito disso, esses autores analisam que o fenômeno de edição de um documento e sua revisão, reformulação ou edição de novo documento pode ser indicativo de, ao menos, três circunstâncias: 1) a observação da necessidade de proporcionar maior atenção à implantação da política curricular no estado; 2) a descontinuidade de orientação nos processos sucessórios de governo ou 3) o dinamismo intenso da produção de documentos oficiais nas unidades federadas, processo este marcado por relações tensas de força que prevalecem mesmo durante a implantação do currículo, seja pela resistência criada no campo das práticas pedagógicas nas escolas, seja pela própria pressão do sistema educacional e de amplos segmentos da sociedade que exigem melhoria da qualidade da educação. Nesse sentido, vale destacar que desde a iniciativa da elaboração de um currículo comum para o estado de São Paulo, a pasta da Secretaria da Educação foi ocupada por nomes diferentes ainda que sob a mesma gestão partidária: Maria Helena Guimarães de Castro (2007-2009Paulo Renato Souza (2009), Herman Voorwald (2011-2015, José Renato Nalini (2016)(2017)(2018), João Cury Neto (2018) e, atualmente, Rossieli Soares da Silva.…”
Section: O Currículo Do Estado De São Paulo Para As Ciências Da Naturunclassified
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“…A respeito disso, esses autores analisam que o fenômeno de edição de um documento e sua revisão, reformulação ou edição de novo documento pode ser indicativo de, ao menos, três circunstâncias: 1) a observação da necessidade de proporcionar maior atenção à implantação da política curricular no estado; 2) a descontinuidade de orientação nos processos sucessórios de governo ou 3) o dinamismo intenso da produção de documentos oficiais nas unidades federadas, processo este marcado por relações tensas de força que prevalecem mesmo durante a implantação do currículo, seja pela resistência criada no campo das práticas pedagógicas nas escolas, seja pela própria pressão do sistema educacional e de amplos segmentos da sociedade que exigem melhoria da qualidade da educação. Nesse sentido, vale destacar que desde a iniciativa da elaboração de um currículo comum para o estado de São Paulo, a pasta da Secretaria da Educação foi ocupada por nomes diferentes ainda que sob a mesma gestão partidária: Maria Helena Guimarães de Castro (2007-2009Paulo Renato Souza (2009), Herman Voorwald (2011-2015, José Renato Nalini (2016)(2017)(2018), João Cury Neto (2018) e, atualmente, Rossieli Soares da Silva.…”
Section: O Currículo Do Estado De São Paulo Para As Ciências Da Naturunclassified
“…Segundo Habermas (2014), frente à ideologia do progresso científico e tecnológico, as tradições culturais e as cosmovisões provenientes delas são silenciadas. Macedo (2015) assevera ainda que o universalismo pretendido por um currículo de núcleo comum repousa e sempre repousará em exclusões, ou no melhor dos casos, na indiferença em relação a grupos minoritários. No entanto, considera que, ao invés de uma recusa pura e simples do universalismo, devemos expor seus limites e paradoxos, uma vez que a partir dele, se edifica a retórica da "educação de qualidade".…”
Section: Tensão Entre Núcleo Comum E Atenção à Diversidade No Currícuunclassified
“…No campo do currículo e da educação, temos estudado recentemente autores como Biesta (2012), Miller (2014), Vieira e Hypolito (2013), Macedo (2014Macedo ( , 2015Macedo ( , 2016Macedo ( , 2017, Lopes e Macedo (2012) e Ball (2014) que -apesar dos diferentes quadros teórico-metodológicos e perspectivas epistemológicas -nem sempre aproximadas, contribuem com a nossa discussão quando chamam a atenção para um contexto mais amplo do currículo que problematiza a subsunção da educação ao ensino (e à aprendizagem), como apontamos anteriormente. Biesta (op.…”
Section: Discussões Centrais a Respeito De Currículounclassified
“…Nas últimas décadas, a despeito da diferença, todos os governos, em um cenário nacional, têm levado em apreço a produção de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) -como bem ilustra a linha do tempo do Movimento pela Base (doravante: MBNC) 5 , o que não inviabiliza vozes dissonantes no percurso, as quais têm apontado para outra direção, conforme salienta Macedo (2014Macedo ( , 2016. Através da retórica de que está garantindo os direitos à aprendizagem dos alunos, a política curricular no Brasil (e em muitos países do mundo, como Chile, Estados Unidos, Inglaterra e Austrália, por exemplo) está traçando como uma via inexorável rumo à "qualidade da educação" um viés centralizador que tem subsumido a educação a ensino (aprendizagem), como diferentes autores têm apontado (BIESTA, 2012;MACEDO, 2015MACEDO, , 2016MACEDO, , 2017MILLER, 2014).…”
Section: Introductionunclassified
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