“…A infância e o espaço público O fato de as ruas e os espaços públicos terem se transformado em impróprios para a brincadeira das crianças fez com que fossem criados espaços "segregadores", ou seja, os shoppings centers, os restaurantes, as clínicas e os parques privados foram organizados para separarem os adultos das crianças. A relação da criança com o espaço público e o direito à cidade vêm sendo abordados por vários estudiosos (Farias;Müller, 2017;Nunes, 2014;Rasmussen, 2004;Bichara et al, 2011) que, por um lado, explicitam e defendem o direito da criança de usufruir da cidade como um espaço de desenvolvimento e de interações sociais e, por outro, denunciam a ausência de espaços que acolham efetivamente as crianças, as ruas e os espaços públicos, em geral, têm sido percebidos pelos adultos como ambientes impróprios para crianças, e parte dessa concepção fundamenta-se na crença de que as crianças são seres frágeis, passíveis de proteção diante dos perigos existentes, principalmente nos ambientes urbanos. (Bichara et al, 2011, p. 168).…”