2020
DOI: 10.1590/es.230408
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Movimentos Feminista, Negro E Lgbti No Brasil: Sujeitos, Teias E Enquadramentos

Abstract: RESUMO Este artigo examina processos de mudança nos movimentos feminista, negro e no atualmente conhecido como LGBTI. Objetiva produzir aproximações comparativas sobre a produção de enquadramentos e as formas de organização de cada um deles, considerando suas trajetórias nas últimas quatro décadas. É dada ênfase especial aos anos recentes e ao modo como as noções de experiência e interseccionalidade têm operado no período pós-2010, notadamente em iniciativas ativistas protagonizadas por jovens. Para tanto, lan… Show more

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“…Os dois eixos discutidos anteriormente reforçam a tese de que tanto os corpos quanto os espaços -ou, parafraseando Britto e Jacques (2012), os "corpo-espaços" -são generificados, os quais só podem ser adequadamente compreendidos a partir de um enfoque interseccional, posto que os modos de gestão das diferenças na cidade e as formas de homossociabilidade desses sujeitos articulam diferentes vetores de opressão e de relações desiguais de poder com base na raça, na origem socioeconômica e socioespacial, nas performances de sexo-gênero (experiências dicotomizadas e misóginas em torno de sujeitos ativospassivos, penetradores-penetrados, machos-bichas, dominador-dominado), dentre outros (Facchini, Carmo, & Lima, 2020).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Os dois eixos discutidos anteriormente reforçam a tese de que tanto os corpos quanto os espaços -ou, parafraseando Britto e Jacques (2012), os "corpo-espaços" -são generificados, os quais só podem ser adequadamente compreendidos a partir de um enfoque interseccional, posto que os modos de gestão das diferenças na cidade e as formas de homossociabilidade desses sujeitos articulam diferentes vetores de opressão e de relações desiguais de poder com base na raça, na origem socioeconômica e socioespacial, nas performances de sexo-gênero (experiências dicotomizadas e misóginas em torno de sujeitos ativospassivos, penetradores-penetrados, machos-bichas, dominador-dominado), dentre outros (Facchini, Carmo, & Lima, 2020).…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…More recent studies point to a process in which the strategic activation of identities -strategic essentialism -typical of the two first decades of socio-state dialog, came to coexist with a more intense presence: 1) of demands for more direct representation of experience of various subjects; and 2) of a diffusion of an intersectional perspective, which sought to articulate multiple differences and inequalities in their dimensions of experience and social structures. This diversification of perspectives and of activist repertoires takes place amid an intensification of criticisms of the centrality of socio-state dialog and to the advance of political actors opposed to the agenda of sexual rights and human rights, as they have been conceived and constructed in recent decades 6 .…”
Section: (P 94) They Addmentioning
confidence: 99%
“…To do so, our methodology involved a genealogical investigation of the category MSM based on a critical review of the literature about its construction in the field of HIV and AIDS prevention policies, on an international level, locating political actors and tensions between the production of operative categories and an examination of a diversity of practices, subjectivities and contexts. We problematize these tensions by analyzing ethnographic material from studies by the authors 1,[4][5][6][7][8] and conducting a review of the literature about processes to produce policies and changes in socio-state relations involving lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transexuals (LGBT), as well as studies about HIV/AIDS in transvestites, trans women and bisexual men in the Brazilian context.…”
Section: Introductionmentioning
confidence: 99%
“…Trabalhos mais recentes apontam um processo em que o acionamento estratégico de identidades -essencialismo estratégico -, típico das duas primeiras décadas de diálogo socioestatal, passou a conviver com uma presença mais intensa de: 1) demandas pela representação da experiência mais direta de variados sujeitos; e 2) difusão de uma perspectiva interseccional, que procura articular múltiplas diferenças e desigualdades em suas dimensões da experiência e das estruturas sociais. Essa diversificação de perspectivas e de repertórios ativistas tem lugar em meio ao adensamento de críticas à centralidade do diálogo socioestatal e ao avanço de atores políticos refratários à agenda dos direitos sexuais e dos direitos humanos, tal como vinham sendo concebidos e construídos nas últimas décadas 6 .…”
Section: (P 94) Ainda Segundo Os Autoresunclassified