Objetivou-se capturar e analisar marcas de socializações advindas do ensino remoto, durante o fechamento das instituições de educação formal, em virtude da pandemia da COVID-19. Primeiramente, desenvolveu-se uma análise documental, a partir de ensaios de organizações não governamentais (ONGs), pareceres de Conselhos de Educação, relatórios de pesquisas e documentos complementares. Visando verificar variações intrapessoais, realizou-se entrevistas com 57 sujeitos, entre estudantes e professores da Educação Básica, e mestrandos e doutorandos de um Programa de Pós-Graduação. Encontrou-se um cenário dividido em posicionamentos e valores; fortalecimento de instâncias socializadoras em universos virtuais; novas maneiras, formas e técnicas de se ensinar e aprender; e disposições para uma educação mesclada entre o ensino presencial e o ensino remoto, com construções de novas formas de se ensinar, estudar, aprender e se relacionar entre humanos. Menções sobre processos adaptativos, dificuldade de concentração e dificuldade de aprender sem o acompanhamento presencial de um professor, figuraram entre os relatos mais recorrentes. Espera-se contribuir para o campo da sociologia e da educação, no sentido de apoiar os estudos que verificam as contínuas construções e reconstruções das formas de se agir e pensar.