2022
DOI: 10.1590/3710801/2022
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METAMORFOSES DA PREVENÇÃO: prevenindo condutas de risco na França

Abstract: Resumo: O artigo descreve os discursos e práticas de profissionais e instituições que utilizam tecnologias sociais de prevenção inspiradas pela abordagem denominada, na França, “prevenção de condutas de risco”. No campo teórico, o texto aborda os processos de subjetivação envolvidos em tal prevenção, a aplicação do conceito de risco ao campo preventivo, e as tensões entre este campo e o controle social. No campo descritivo, procura retraçar possíveis origens e a trajetória de institucionalização das políticas … Show more

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“…Correntes da psicologia passaram a se dedicar ao estudo do risco, a profissão dos analistas de risco se consolidou e o conceito foi progressivamente incorporado na gestão financeira e produtiva, empregado nos cálculos de investimentos que avaliam as relações de custo-benefício amparadas na expectativa de lucro (ROSA e SOUZA, 2015;DOUGLAS, 1992). 5 Como já discuti em outros trabalhos (RODRIGUES, 2019(RODRIGUES, , 2022, autores como Rabinow (2010), Bailleau (2011) e Castel (1981, 1983 consideram que o que comumente chamamos de risco se tornou um compósito ou agregado de fatores que tornam um perigo provável. Para Rabinow (2010), saímos parcialmente da vigilância dos indivíduos e coletividades conhecidos por serem perigosos ou doentes (em uma ambição disciplinar ou terapêutica) para irmos em direção à projeção de fatores de risco que desconstroem e reconstroem os sujeitos individuais e coletivos, em um modelo que antecipa possíveis irrupções perigosas pela detecção estatística de sujeitos e grupos que apresentam certas características.…”
Section: Risco Como Entradaunclassified
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“…Correntes da psicologia passaram a se dedicar ao estudo do risco, a profissão dos analistas de risco se consolidou e o conceito foi progressivamente incorporado na gestão financeira e produtiva, empregado nos cálculos de investimentos que avaliam as relações de custo-benefício amparadas na expectativa de lucro (ROSA e SOUZA, 2015;DOUGLAS, 1992). 5 Como já discuti em outros trabalhos (RODRIGUES, 2019(RODRIGUES, , 2022, autores como Rabinow (2010), Bailleau (2011) e Castel (1981, 1983 consideram que o que comumente chamamos de risco se tornou um compósito ou agregado de fatores que tornam um perigo provável. Para Rabinow (2010), saímos parcialmente da vigilância dos indivíduos e coletividades conhecidos por serem perigosos ou doentes (em uma ambição disciplinar ou terapêutica) para irmos em direção à projeção de fatores de risco que desconstroem e reconstroem os sujeitos individuais e coletivos, em um modelo que antecipa possíveis irrupções perigosas pela detecção estatística de sujeitos e grupos que apresentam certas características.…”
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“…Essa visão gerencial não visa ajudar essas pessoas ou anular os riscos que elas enfrentam, mas sim gerir as "anomalias" que representam, instaurando dispositivos de assistência que disfarçam mecanismos de controle social. O objetivo não é dar fim a esses comportamentos, mas gerir o perigo (ou risco) que representam para o conjunto da população (RODRIGUES, 2022).…”
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