O objetivo de A força da graça, a graça da força: A crítica jocosa aos personagens da 'violência urbana' nas capas de um jornal popular como 'violentização' da fala pública é analisar como um conjunto de representações sobre a violência urbana no Rio de Janeiro se desdobra em críticas jocosas públicas. Isso é feito por meio de um estudo de cerca de 2400 capas do jornal popular Meia Hora, notório por sua apresentação jocosa das notícias, no período entre 2011 e 2017, correspondente a uma rotinização estabelecida por conta das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A análise mostrou como a ridicularização operada na crítica jocosa expressa representações sobre três figuras centrais no cenário da violência urbana fluminense: o bandido, o policial e o próprio Rio de Janeiro como ordem social.This article sets out to analyse how a set of social representations of urban violence in Rio de Janeiro is revealed in public humorous critique. The research is based on a study of around 2,400 covers of the tabloid Meia Hora, famous for its comic presentation of the news, which were published between 2011 and 2017, a period corresponding to a routinization established by Rio's Pacifying Police Units (UPPs). The analysis reveals how the ridicule deployed in humorous critique expresses the social representations of three main figures in the context of Rio de Janeiro's urban violence: the criminal, the police officer and Rio de Janeiro itself as a social order.