“…O movimento expressivo, por esse ponto de vista, parece um constante tensionamento-relaxamento entre o amorfo e a forma e "representa, portanto, a forma assumida pelo corpo ao existir; e é interiormente animado pela articulação do sentir e do moverse, assim como pela tensão próximo-distante, espaço próprio -espaço alheio, eu -outrem [...]." corporal no teatro ocidental atingiu seu protagonismo apenas no século XX(DE MARINIS, 2019).No teatro britânico, por exemplo, o termo "diretor de movimento" aparece entre 1950 e 1960, Segundo a autora, o termo expressão corporal, que compõe os currículos básicos de cursos de formação de atores, teria sido marcado ao longo dos anos "pela imprecisão no tocante aos conteúdos abordados; muitas atividades diferentes (em objetivos, conteúdo programático e estratégias utilizadas) são utilizadas sob este nome genérico"(AZEVEDO, 2009, p. 258).Embora não haja exatidão em relação à origem da expressão corporal, existem discussões práticas e teóricas que refinam e sintonizam os objetivos da disciplina, como pode ser notado nos trabalhos de PatríciaStokoe (1967),Stokoe e Harf (1987),Chalaguier e Bossu (1973) e LolaBrikman (2014),Beuttenmüller e Laport (1974), por exemplo. No Brasil, o termo atingiu o seu auge nas décadas de 1960 e 1970, "um período de grande cerceamento e censura às artes: o teatro é obrigado a falar pouco, é a vez do corpo, e os grandes mestres [da expressão corporal] são os Vianna [Klauss e Angel]" (AQUINO, 1993, p. 116 -Acréscimos nossos), e essa necessidade de 'falar' com o corpo "repercutiu nas escolas de teatro, que inovaram, instituindo a disciplina de expressão corporal, que habilitava o ator para além das matérias até então ministradas, como a esgrima, a yoga e o balé clássico" (TAVARES, 2010, p. 34 -Grifo da autora).Klauss Vianna, em manuscrito 8 no qual refletia sobre o tema, escreveu que "[o] processo de expressão corporal na mesma medida em que vai desverbalizando -tornando as palavras cada vez mais sem sentido, vai ampliando a percepção visual, táctil e motora"(VIANNA, p.…”