Exú, o instaurador de portais, a esfera do movimento, o que habita o corpo-portal: o princípio e meio de tudo na encruzilhada cujos caminhos levam a jornadas incomensuráveis. Certa vez, em contato com uma montanha que se levantou do mar profundo num terreno do guardião das terras, descobriu Olookè, adorado pelas rochas (escute o tambor d’água), o leão da montanha, veste branco por não poder ser visto. Nesse encontro, Exú quis louvar seus hábitos performáticos carnais e libidinosos, rompendo normas, promovendo mudanças e apresentando as contradições de ser em si uma antidefinição que se transforma a cada manhã rumo ao infinito. Esta série de seis fotos-performances foi criada a partir da Prática como Pesquisa (PaR), utilizando-se da improvisação para composição nas urbanidades, objeto de minha pesquisa de mestrado no PPGAV da UFBA. As imagens são oriundas de uma performance comissionada para o Documentário “Testemunho de Bichas Pretas” (2022).