O objetivo do presente artigo é responder à seguinte pergunta: o que uma escola pública guardou no seu acervo ao longo de mais de um século de funcionamento? Para solucionar tal questionamento, analisaremos os acervos salvaguardados em um espaço de memória escolar português e outro brasileiro, a saber: o Museu Escolar Oliveira Lopes (Meol), localizado em Válega, e o Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense (Cemas), da cidade de Aracaju. Entende-se que, mesmo com as diferenças existentes entre o Meol e o Cemas, ambos salvaguardam um conjunto de artefatos e documentos que ultrapassou a barreira do século e tornou-se acessível a diferentes grupos, além da comunidade escolar. São guardiões de uma “herança educativa” fundamental para o trato do patrimônio educativo luso-brasileiro.