Crianças da Natureza: vivências, saberes e pertencimento

Abstract

Resumo: Tratamos de vivências de crianças na natureza e de suas repercussões em seu desenvolvimento biopsicossocial. Numa perspectiva espinosana, entendemos que tudo se constitui a partir da natureza, sendo os humanos seres da natureza e, simultaneamente, da cultura. Destacamos as implicações de sua condição biofílica e discutimos desenhos e falas de crianças das etnias Tupinambá de Olivença e Mura e de crianças não indígenas, de Nova Iorque, buscando nos aproximar de seus conhecimentos ecológicos e de seus sentimentos em relação ao universo natural de que são parte. Refletimos sobre essa abordagem na educação escolar indígena e urbana, considerando elementos das diretrizes da educação básica e estudos acerca dos direitos humanos e meio ambiente.

Beyond Carbon: The Contributions of South American Tropical Humid and Subhumid Forests to Ecosystem Services

“…Impacts on health include not only traditional communities losing their sense of the social identity associated with the landscape (Milcu et al., 2013), but also impacts on urban populations via the lack of human‐nature relationships (Sandifer et al., 2015). Beyond air purification and temperature mitigation (Andersson et al., 2015), contact with nature can provide a sense of well‐being that is important for mental health and leisure, increasing the quality of life in urban areas, at the same time as contributing to the purpose of education and awareness about the importance of nature for humans (Annerstedt Van Den Bosch & Depledge, 2015; Tiriba & Profice, 2019). Human demand for contact with nature, the contemplation of natural scenic beauty, and even the search for spiritual connection are representations of cultural ESs that can also be incorporated into the tourism sector; in this way, they represent activities of great economic potential that can constitute a source of income for communities that inhabit and maintain natural landscapes, as well as for the maintenance of public green areas (Cooper et al., 2016).…”

Modelo Bioecológico e Psicologia Ambiental: revisão sistemática sobre adolescência e espaços urbanos

“…O modelo bioecológico do desenvolvimento e a psicologia ambiental possuem características comuns e são frequentemente utilizados em conjunto em pesquisas que envolvem o estudo dos contextos (Oliveira & Morais, 2019;Rollings, Wells, Evans, Bednarz, & Yang, 2017;Tiriba & Profice, 2019). Porém, em cada um desses campos do conhecimento psicológico, existem particularidades, que, muitas vezes, confundem-se e podem emaranhar o leitor que não tenha se aprofundado nesses campos, tal como acontece, por exemplo, com o conceito de ecológico.…”

Desemparedar Infâncias: Contracolonialidades Para Reencontrar a Vida

“…Tendo como referência nossas vivências de professoras pesquisadoras junto aos povos Tupinambá de Olivença, que habitam o sul da Bahia/ Brasil (TIRIBA;PROFICE, 2012PROFICE, , 2019, indagamos o emparedamento como estratégia de captura do desejo, recurso pedagógico fundamental à imposição da imobilidade do corpo, do isolamento social e da solidão cósmica; e apostamos na abertura das portas, na conexão com a natureza, no livre ir e vir, na expressão criadora, no brincar livre.…”