“…(FOUCAULT, 1986a Silenciar é interditar fala, é filtrar o discurso, é desautorizar quem fala, ou o que fala, ou quando fala; ou que uns falem pelos outros; é impedir a circulação das falas, é excluir enunciados; com a finalidade de fragilizar a resistência, de fracassar a força política, de desestabilizar e desqualificar lutas políticas. (LEMOS, 2014). O poder disciplinar, diferente do poder soberano, onde o centro é o rei centraliza suas ações e intervenções nos corpos dos sujeitos individualizados com a finalidade de adestrá-los e torná-lo obediente aos procedimentos disciplinares para aumentar o potencial produtivo de cada indivíduo, para que ele se aproprie cada vez mais de suas habilidades, torná-lo útil, manipulável para usar, para transformar e para aperfeiçoar, e que se torne rentável e lucrativo ao mercado consumista, e assim, desenvolver a economia, expandir a educação e elevar a moral pública, utilizando-se para isso as instituições de disciplina, como fábrica, escola, prisão, quartel.…”